Finanças & Wall Street

Combustíveis: UNITA diz que “os angolanos continuam a pagar a fatura pelos falhanços das políticas” do MPLA

02-06-2023 7:38

Clinton Manuel

Jornalista

02-06-2023 7:38

Clinton Manuel

Jornalista

Um dia após o anúncio da retirada da subvenção estatal aos combustíveis e consequente aumento do preço da gasolina, que se prevê arrastar para outros derivados, o maior partido na oposição chamou a imprensa para manifestar a sua posição, considerando que embora a medida seja uma necessidade para a estabilização da economia, a mesma devia obedecer a uma maior ponderação

O secretário-geral da UNITA, Álvaro Daniel, disse, na colectiva de imprensa na tarde desta sexta-feira (02), que “a retirada dos subsídios aos combustíveis não é o real problema, porque sempre foi uma necessidade para o crescimento e estabilização económica do país”.

“O problema”, segundo Álvaro Daniel, “são os interesses instalados daqueles que usam a governação para proveito próprio. Na verdade, este é o real problema que colocou o país num beco sem saída em que se encontra hoje”.

A equipa económica do governo do presidente João Lourenço, liderada pelo ministro Manuel Nunes Júnior, anunciou a aprovação da remoção da subvenção estatal à gasolina, ao meio dia de quinta-feira, referindo que a mesma contará com medidas de mitigação do impacto social.

Após se tornar pública a informação do aumento do preço da gasolina, a medida evidenciou enchentes em vários postos de abastecimento em todo o país, levando a UNITA acusar o Governo de “desrespeito, de falta de seriedade e de insensibilidade para com os angolanos”, expressando indignação em relação à decisão tomada em Conselho de Ministros, que não teve em conta a opinião dos parceiros sociais do governo e de outras sensibilidades políticas.

Ademais, crítica o secretário-geral da UNITA, uma medida tomada “em 1 de junho,” para vigorar um dia depois, é prova inequívoca de que “este governo não se preocupa com a condição social dos governados”, que continuam a pagar uma fatura tão alta “resultante do falhanço das políticas implementadas pelos sucessivos governos do MPLA”.

Segundo o político, a situação requer soluções de médio, curto e longo prazo, as quais foram ignoradas pelo governo. A crítica contundente reflete a preocupação com o impacto económico e social que a retirada da subvenção aos combustíveis poderá acarretar.

Questionando pelo O Telegrama sobre quais medidas o partido considera necessária para garantir que os recursos economizados sejam utilizados de forma eficiente e em benefício da população, o o também deputado à Assembleia Nacional, respondeu ser da responsabilidade do governo adoptar as políticas que sejam benéficas para a população, “em vez de impor medidas que penalizem ainda mais as famílias e as empresas.”

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