Em Foco

IGAE detalha como os gestores públicos delapidam os cofres do Estado

24-08-2024 2:01

Antunes Zongo

Editor-Chefe

24-08-2024 2:01

Antunes Zongo

Editor-Chefe

Despesas com funcionários admitidos sem terem participado de concurso público, pagamento de pessoal com categoria não previstas no estatuto orgânico das empresas, além de pagamento de subsídio de deslocação para o interior ou exterior do País acima do valor estipulado por lei estão entre as inúmeras irregularidades cometidas com frequência por gestores da administração pública

Durante o Fórum de Auscultação do Orçamento Geral do Estado (OGE) 2025, promovido pelo Ministério das Finanças (MINFIN), na última quarta-feira (21), visando ouvir os parceiros económicos e sociais, a Inspecção Geral da Administração do Estado (IGAE) revelou existir um número significativo de gestores de empresas públicas que continua a praticar despesas sem facturas ou documentos equivalentes e, na maioria, sem requisitos, como o nome da entidade contratada, o Número de Identificação Fiscal (NIF), o preço unitário, nem a confirmação da entrega do bem.

Segundo Adelaide de Carvalho, inspectora-directora da direcção de Auditoria, Supervisão e Controlo da Inspecção Geral da Administração do Estado (IGAE), o organismo tem ainda encontrado também execução de despesas com funcionários exonerados dos gabinetes dos titulares de cargos políticos, que continuam a usufruir de regalias como se estivessem no exercício de funções.

No rol das irregularidades, Carvalho cita o “pagamento de serviço de manutenção de viaturas alheias à instituição, despesas com empresas cujos proprietários são funcionários do próprio órgão e exercem cargos de direcção e chefia”.

Esta realidade, descrita pela responsável da direcção de Auditoria, Supervisão e Controlo da  IGAE, têm sido compiladas em relatórios e endereçadas ao gabinete do Presidente da República, na qualidade de Titular do Poder Executivo. Nas palavras de Adelaide de Carvalho, “muitos dos processos em investigação pela Procuradoria-Geral da República (PGR), no quadro dos crimes económicos, resultam das denúncias encaminhadas pela IGAE à mesa do Chefe de Estado”.

A IGAE é o órgão auxiliar do Titular do Poder Executivo para a inspecção, auditoria e fiscalização da actividade administrativa de todos os organismos da administração directa e indirecta do Estado e ainda da administração autónoma e independente.

Partilhar nas Redes Sociais

WhatsApp
Facebook
Twitter
Email