A Administração Geral da Alfândega da China (AGA) indica que Angola ocupa a segunda posição entre os países lusófonos no comércio bilateral. Apesar desta posição, o volume de trocas comerciais entre os dois países registou uma queda de 32% para US$ 1,92 bilião, numa análise homóloga entre Agosto e o período homólogo de 2023.
No acumulado de Janeiro a Agosto, o comércio entre Angola e o país asiático totalizou US$ 14,11 biliões, representando uma queda de 4,4% quando comparado ao mesmo período de 2023.
Em Agosto, o Brasil ocupou a primeira posição como principal parceiro comercial, com transacções que somaram US$ 20,29 biliões, reflectindo um aumento anual de 14,7%. No acumulado de oito (8) meses, o comércio bilateral entre os dois países atingiu a marca de US$ 131 biliões, superando em 12,5% o valor registado no mesmo período de 2023. Desses US$ 131 biliões, a China importou US$ 81,49 biliões em produtos brasileiros, enquanto as exportações chinesas para o país sul-americano totalizaram US$ 49,51 biliões.
Na terceira posição ficou Portugal, com o valor das trocas comerciais subindo 16,6% anualmente em Agosto, para US$ 921,84 milhões. De Janeiro a Agosto, o comércio sino-português somou US$ 6,27 biliões, aumentando 7,4% em termos anuais.
O poder económico chinês na CPLP
A China importou US$ 97,61 biliões dos países lusófonos entre Janeiro e Agosto do corrente ano, representando um crescimento de 4,95% em relação ao mesmo período de 2023, segundo dados divulgados pelos serviços de estatísticas alfandegárias da China.
Em relação às exportações, ainda no mesmo período, os dados evidenciaram um aumento anual de 19,71%, alcançando US$ 58,48 biliões, com o gigante asiático a consolidar-se como um parceiro estratégico na cooperação comercial.
Em Agosto, as importações asiáticas provenientes dos países lusófonos caíram de 2,83% para US$ 14,83 biliões, em comparação ao mesmo mês do ano anterior. Em contrapartida, as exportações chinesas para os países de língua portuguesa demonstraram uma robusta expansão de 35,17%, alcançando US$ 9,17 biliões, uma combinação que resultou em um comércio bilateral na ordem de US$ 24 biliões, uma alta anual de 8,87%.