A 14 de Julho de 2023, um comunicado do banco britânico Standard Chartered Bank, divulgado a partir de Londres, dava conta da celebração de um acordo com o nigeriano Access Bank PLC (Access Corporation) para a aquisição e participação societária daquele nas suas subsidiárias em Angola, Camarões, Gâmbia e Serra Leoa, bem como do negócio de banca de consumo, particulares e empresas na Tanzânia.
Tratou-se de uma transacção estratégica que, segundo a entidade de origem nigeriana, representou um passo fundamental na sua jornada para construir um forte banco global, o mais respeitado do continente africano, “focado em servir como uma porta de entrada para pagamentos, investimentos e comércio dentro de África e entre África e o resto do mundo, ancorado numa base de capital robusta”.
Na mesma época, o director-geral do Grupo Access Bank anunciava a compra de 51% das acções do banco português Montepio no angolano Finibanco. Não satisfeito, tendo em conta a sua estratégia de se tornar no accionista único do Finibanco Angola, o consórcio nigeriano adquiriu as participações de outros accionistas (ler artigo a seguir), não tendo tido sucesso, por enquanto, na compra das participações societárias de 0,80% pertencentes aos herdeiros do finado Dumilde das Chagas Simões Rangel, antigo dirigente do MPLA e governador da província de Benguela.
“No Access Bank, estamos empenhados em remodelar a percepção global de África e das empresas africanas, ao mesmo tempo que continuamos a desenvolver a nossa visão de sermos o banco africano mais respeitado do mundo”, começou por afirmar Roosevelt Ogbonna, o «patrão» do Grupo Access Bank, no dia em que fechou o negócio da instituição em mercados como Angola, Camarões, Gâmbia, Serra Leoa e Tanzânia. O plano de crescimento previsto para os próximos cinco anos, de acordo com o CEO, prevê a construção de um “gateway de pagamentos de classe mundial, aproveitando o poder da tecnologia e apoiado por um ecossistema dinâmico de parcerias locais e internacionais, permitindo-nos atender pagamentos e remessas globais de forma eficiente”.
Na sua estratégia de reposicionamento como a principal instituição financeira do continente, Ogbonna considera que, ”com a recente expansão europeia do Access Bank e a presença aprofundada nos principais corredores comerciais em toda o continente africano, o banco irá colmatar a lacuna entre as transferências transfronteiriças e nacionais em todos os segmentos de negócios, para além do importante compromisso em impactar positivamente as comunidades anfitriãs”.
Presente em 20 países, incluindo a Nigéria, o Reino Unido e Estados da África Subsaariana, o Access Bank conta com cerca de 28 mil colaboradores e tem escritórios de representação na China, Líbano, Índia e Emirados Árabes Unidos.
THE FACE OF THE ACCESS BANK
Roosevelt Ogbonna, considered to be one of the Future Global Leaders by the Institute of International Finance (IIF), took over as managing director of Access Bank PLC in May 2022. He is the brain behind the international expansion of the banking institution originating in the most populous country and the main oil producer on the African continent.
On July 14, 2023, a statement from the British bank Standard Chartered Bank, released from London, reported the signing of an agreement with the Nigerian Access Bank PLC (Access Corporation) for the acquisition and shareholding of the former in its subsidiaries in Angola, Cameroon, Gambia and Sierra Leone, as well as the consumer banking business, individuals and companies in Tanzania.
It was a strategic transaction that, according to the entity of Nigerian origin, represented a fundamental step in its journey to build a strong global bank, the most respected on the African continent, “focused on serving as a gateway for payments, investments and trade within Africa and between Africa and the rest of the world, anchored on a robust capital base.”
At the same time, the general director of the Access Bank Group announced the purchase of 51% of the shares of the Portuguese bank Montepio in the Angolan Finibank. Not satisfied, taking into account its strategy of becoming the sole shareholder of Finibank Angola, the Nigerian consortium acquired the shares of other shareholders (read article below), having not been successful, for now, in purchasing the shareholdings of 0,80% belonging to the heirs of the late Dumilde das Chagas Simões Rangel, former leader of the MPLA and governor of the province of Benguela.
“At Access Bank, we are committed to reshaping the global perception of Africa and African companies, while continuing to develop our vision of being the most respected African bank in the world”, began by stating Roosevelt Ogbonna, the “boss” of the Access Bank Group, on the day the institution closed its business in markets such as Angola, Cameroon, Gambia, Sierra Leone and Tanzania. The expected growth plan for the next five years, according to the CEO, foresees the construction of a “world-class payments gateway, leveraging the power of technology and supported by a dynamic ecosystem of local and international partnerships, allowing us to serve global payments and remittances efficiently.”
In its repositioning strategy as the continent’s leading financial institution, Ogbonna considers that, “with Access Bank’s recent European expansion and in-depth presence in key commercial corridors across the African continent, the bank will bridge the gap between cross-border transfers and national ones in all business segments, in addition to the important commitment to positively impact the host communities”.
Present in 20 countries, including Nigeria, the United Kingdom and Sub-Saharan African states, the Access Bank has around 28 thousand employees and has representative offices in China, Lebanon, India and the United Arab Emirates.