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Forte sismo faz mais de 2600 mortos na Turquia e na Síria. Novo tremor de 7,7 abala a região

06-02-2023 7:39

João Pedro Pincha

Jornalista

Miguel Dantas

Jornalista

Sofia Neves

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06-02-2023 7:39

João Pedro Pincha

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Miguel Dantas

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Sofia Neves

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Equipas de resgate continuam a retirar pessoas dos escombros. O abalo ocorreu às 4h17 no Sudeste da Turquia, mas já se registam novos abalos, que fazem temer o agravamento da tragédia

Um sismo de magnitude 7,8 na escala de Richter atingiu na madrugada desta segunda-feira o Sul da Turquia. Pelas 18h de Portugal continental, já tinham sido confirmados mais de 2600 mortos naquele país e na Síria. O sismo foi seguido por uma forte réplica de 6,7 e já se registaram dois novos abalos, com epicentro no centro da Turquia, pouco depois das 10h de Portugal continental (13h locais), com magnitudes de 7,7 e 5,7.

As equipas de busca e salvamento estão à procura de sobreviventes entre os escombros de milhares de edifícios e é muito provável que o número de vítimas mortais venha a subir consideravelmente. No mais recente balanço, as autoridades turcas confirmam 1600 mortos.

Na Síria, devastada por mais de onze anos de guerra civil, pelo menos 968 pessoas perderam a vida e mais de 1300 ficaram feridas em várias cidades. O Ministério da Saúde do país registou mais de 538 mortes nas cidades controladas pelo Governo. Nas zonas controladas pelos rebeldes, o número de mortes chega agora a 430, segundo informações das equipas de resgate citadas pela Reuters.

O porta-voz do gabinete das Nações Unidas para a Coordenação de Assistência Humanitária (OCHA), Madevi Sun-Suon, disse à Reuters que é muito provável que o número de vítimas mortais aumente porque muitas pessoas estão ainda presas nos escombros. Pelo menos 170 edifícios ficaram danificados no noroeste da Síria.

O abalo ocorreu às 4h17 (1h17 em Lisboa), a 33 quilómetros da capital da província de Gaziantepe, no Sudeste da Turquia, perto da fronteira síria, com a origem a uma profundidade de 17,9 quilómetros. Segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS, na sigla em inglês), minutos após o primeiro sismo, outro abalo de 6,7 graus na escala de Richter foi registado a 9,9 quilómetros de profundidade.

Num relatório entretanto publicado, o USGS diz que há uma grande probabilidade (47%) de o número total de mortos ser entre mil e dez mil.

Os sismos foram sentidos em várias cidades, avançou o canal de televisão turco TRT Haber. Vídeos publicados nas redes sociais mostraram prédios destruídos em várias cidades do Sudeste do país.

O Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, escreveu no Twitter que “equipas de busca e resgate foram enviadas de imediato” para as áreas afectadas. “Esperamos superar este desastre juntos o mais rápido possível e com o mínimo de danos”, escreveu. “Não sabemos qual será o número total de vítimas”, admitiu Erdogan. O vice-Presidente, Fuat Oktay, disse em conferência de imprensa que mais de 1700 edifícios tinham ruído em dez províncias, mas esse número já terá subido para mais de 2800.

Na Síria a situação é “desastrosa” e os serviços de emergência não têm mãos a medir para enfrentar o nível de destruição registado em alguns locais. Cidades como Alepo, Idlib e Raqqa foram fortemente afectadas pelo sismo.

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