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Papa tem infeção respiratória e vai ficar internado alguns dias

30-03-2023 8:39

DN/AFP

30-03-2023 8:39

DN/AFP

As audições que o Papa Francisco deveria realizar esta quinta e sexta-feira foram canceladas após o internamento do pontífice num hospital de Roma

O Papa Francisco foi diagnosticado com uma infeção respiratório e precisará de “alguns dias de tratamento médico hospitalar adequado”, informou esta quarta-feira o Vaticano.

O pontífice de 86 anos foi internado no hospital Gemelli, em Roma, para realizar exames médicos depois de se queixar de dificuldades respiratória, disse o porta-voz Matteo Bruni em comunicado.

As audições que o Papa Francisco deveria realizar esta quinta e sexta-feira foram canceladas.

O Corriere della Serra avança que o papa chegou ao hospital ao final da manhã, de ambulância, com problemas cardíacos e respiratórios, tendo sido levado para o departamento de cardiologia. Contudo, fonte hospitalar diz que a situação é considerada “não preocupante”.

Refira-se que, quando tinha 21 anos, Francisco teve de remover parte de um pulmão, devido a uma pneumonia grave e três quistos no pulmão, o que nunca representou uma limitação para Jorge Mario Bergoglio.

Francisco, que comemorou 10 anos como papa este mês, participou na audiência geral na manhã desta quarta-feira na Praça de São Pedro, durante a qual apareceu a sorrir enquanto cumprimentava os fiéis no seu “papamóvel”. No entanto, segundo os fotógrafos da AFP, o papa movimentou-se com dificuldade e parecia sentir fortes dores.

O pontífice, que usa cadeira de rodas desde maio do ano passado devido a fortes dores no joelho direito, passou dez dias no hospital Gemelli, o mesmo em que está internado agora, em julho de 2021, para uma delicada operação ao cólon.

O papa explicou mais tarde que esta operação o deixou com “sequelas”, o que o fez descartar a cirurgia ao joelho.

Francisco sofre também de uma dor ciática crónica que o obrigava a coxear, motivo pelo qual teve que renunciar a cerimónias oficiais em algumas ocasiões.

O hospital Gemelli é o centro médico onde o papa João Paulo II também foi hospitalizado em várias ocasiões e passou por uma cirurgia para um remoção de um tumor benigno no cólon em 1992.

A saúde do papa, sobretudo devido à idade de Francisco e os seus problemas para andar, costumam levantar todo o tipo de especulações.

Nas várias entrevistas concedidas nos últimos meses, o papa latino-americano evocou a possibilidade de renunciar, tal como fez o seu antecessor em 2013, Bento XVI, que morreu no final do ano passado.

Em julho do ano passado, Francisco confessou que “já não podia viajar” com o mesmo ritmo de antes e inclusivamente mencionou que poderia ter de se afastar. Em fevereiro, esclareceu que a renúncia de um papa “não deve virar moda” e que essa ideia “não estava na sua agenda”.

De há um ano para cá que Francisco conta com um “assistente pessoal de saúde”, uma enfermeira, que o acompanha de forma permanente.

A saúde dos papas tem sido sempre uma “matéria reservada” para o Vaticano e mantida geralmente em segredo.

O médico e jornalista argentino Nelson Castro apresentou recentemente em Roma um livro sobre a saúde dos papas e as doenças sofridas por eles desde Leão XIII e falou em particular sobre o tema com Francisco, que disse ao jornalista que se havia “recuperado totalmente”, que já não se sentia limitado, que quando residia na Argentina tratou dores nas costas com acupuntura chinesa e que teve um um problema cardíaco “temporário” devido a um ligeiro estreitamento de uma artéria em 2004.

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