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Porque celebramos o Natal no dia 25? Ninguém sabe, mas não faltam teorias

25-12-2022 12:50

Expresso

25-12-2022 12:50

Expresso

Em muitos presépios, só hoje, à meia-noite, ou mesmo amanhã de manhã é que o menino Jesus é colocado sobre as palhas deitado. Gesto que pretende simbolizar o seu nascimento. Mas a data certa ninguém sabe…

Por todo o mundo, os cristãos juntam-se em família e comemoram esta noite o Natal, véspera do dia 25. Dia que é assumido como o aniversário do nascimento de Jesus. Mas é impossível saber ao certo quando é que Cristo nasceu. Não há qualquer referência na Bíblia, e nem teólogos, historiadores, cientistas ou astrónomos sabem responder com exatidão.

Teorias não faltam. Uma delas é que no Império Romano havia uma festa em nome do Sol Invicto, deus Sol, que se realizava a 25 de dezembro, e existia também a Saturnalia, um festival pagão para celebrar Saturno, que acontecia durante o solstício de inverno, em finais de dezembro. Segundo esta tese, o Natal acabou por se sobrepor a estes eventos, porque o objetivo da Igreja Católica seria propagar o cristianismo, anulando do calendário as comemorações pagãs.

O dia 25 de dezembro é também “a primeira data em que os observadores do Hemisfério Norte são capazes de detetar o movimento norte do sol” após o solstício de inverno, sinaliza, por sua vez, David Allen, que foi astrónomo no Observatório Anglo-Australiano, num artigo publicado na revista ‘Archaeoastronomy’.

Outra teoria parte do princípio de que os primeiros cristãos calcularam o aniversário de Jesus acrescentando nove meses ao dia que consideravam ser o da conceção e crucificação de Cristo. Ou seja, acreditavam que Cristo foi concebido a 25 de março e nascia depois a 25 de dezembro.

“As duas teorias podem estar corretas, não são mutualmente exclusivas”, explica Philipp Nothaft, investigador da All Souls College da Universidade de Oxford, citado pelo LiveScience. O especialista admite acreditar que a tradição de apontar o nascimento de Jesus a 25 de dezembro tem raízes que remontam “pelo menos ao início do século III”. “Mas sabemos muito pouco para dar certezas”. Um mistério condenado a não ter fim.

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