A iniciativa do FAS – Instituto de Desenvolvimento Local, lançada esta quarta-feira (21.12), é destinada apenas às comunidades rurais do país. O programa vai capacitar, numa primeira fase, 240 alunos provenientes das escolas do ensino primário.

A par da massificação da modalidade e inclusão social, o programa tem ainda como objectivo estimular as capacidades cognitivas dos alunos.

FAS conta com o apoio institucional das administrações municipais e, do ponto de vista técnico e metodológico, com as Associações Provinciais de Xadrez, que vão indicar os formadores.

 Belarmino Jelembi, director do FAS

O director-geral Belarmino Jelembi afirmou que a instituição que dirige pretende, com a iniciativa, incentivar as crianças a terem interesse nas questões de cidadania.

“Permitir que estas crianças, daqui a algum tempo, tenham uma estrutura de pensamento que lhes ajude a resolver os problemas e a ter uma participação mais activa na vida das suas comunidades, na vida do seu município, sobretudo na vida da Nação”, disse.

Para além do Kwanza-Sul, o projecto “Xadrez na Comunidade” vai ser estendido nos próximos dias às províncias de Benguela, Zaire, Uíge, Lunda-Sul, Bié e Huambo. A meta é inserir no projecto, até final de 2023, 1.000 crianças de zonas rurais.

Para o presidente da Associação Provincial de Xadrez do Kwanza-Sul, César Adelino, o projecto relança a modalidade na província.

“Isso corresponde àquilo que são os nossos desígnios para este ciclo olímpico, que é o de elevar o xadrez para a extensão da província”, assegurou.

No município do Ebo há várias “vulnerabilidades” no sector do desporto, afirmou o administrador do município, que defendeu o alargamento do projecto para outras modalidades.

Adérito Jorge garante que a sua administração vai preservar a iniciativa para que os beneficiários passem a competir na grande montra do xadrez nacional.