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Polícia detém activistas que pretendiam marchar pela libertação dos “presos políticos” em Luanda

29-01-2023 1:32

Redacção

DW

29-01-2023 1:32

Redacção

DW

São considerados "presos políticos" os activistas Tanaece Neutro, Luther Campos, presos há mais de um ano, ainda o líder da seita religiosa "A Luz do Mundo", José Kalupeteca, e o líder do auto-denominado Movimento do Protetorado Lunda Tchokwe, José Domingos Mateus "Zecamutchima"

Uma dezena de jovens foram detidos na tarde deste sábado (28.01) no Largo das Heroínas, em Luanda, quando se concentravam para a marcha que visava exigir a libertação de activistas considerados “presos políticos”.

Entre os detidos estão os activistas Laurinda Gouveia e Adolfo Campos, co-organizadores da manifestação.

As autoridades policiais impediram a manifestação, logo no momento da concentração, alegando que foi autorizada pelo Governo da Província de Luanda.

Segundo Simão Kativa, que falou para emissora alemã Deutsche Welle, os activistas detidos no Largo da Heroínas já se encontram em liberdade. Laurinda Gouveia, Geraldo Dala e Matulunga foram deixados na província do Bengo.

Já os ativistas “Angola Chora Por Socorro”, Adolfo Campos, entre outros, foram levados para kalomboloca. “Todos eles já estão a caminho de Luanda”, garantiu à DW África, Simão Kativa.

Forte presença policial

Dezenas de agentes da polícia cercaram o Largo da Independência e das Heroínas, locais onde se realizam protestos na capital. Além de efetivos da Polícia Nacional, agentes à paisana impediam os cidadãos de permanecerem nos espaços públicos, inclusive os jornalistas que estavam no local para reportar a manifestação.

Detidos há mais de um ano, Gilson da Silva Moreira “Tanaece Neutro” e Luther Campos são acusados de vários crimes, entre os quais o de ultraje ao Estado.

“Tanaece Neutro”, condenado a pena de prisão suspensa de um ano e três meses, aguarda o acórdão do Tribunal da Relação face ao recurso interposto pelo Ministério Público.

Já o julgamento de Luther Campos foi adiado na sexta-feira (27.01) devido ao falecimento da juíza da quarta sessão do Tribunal de Luanda, onde o activista está ser julgado. O advogado Francisco Muteka, que defende o activista, afirma que “já não se justifica a prisão preventiva do arguido”.

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