Numa nota chegada nesta terça-feira (17) à redacção d’O Telegrama, o Comando da Polícia lamenta que o parlamentar se escuda em questões político-partidárias para subverter a verdade dos factos. Ontem (26), através da sua conta de rede social Facebook, Mucanda contrariou a versão divulgada pelo gabinete do comandante provincial da Huíla da Polícia Nacional e delegado do Ministério do Interior.

“As vítimas informaram aos polícias que os socorreram que o condutor da carrinha Hilux havia descido da viatura com uma garrafa de cerveja na mão. Há imagens de uma garrafa de cerveja no local do acidente. Nesta altura não se sabia que o condutor era deputado”, reafirma o comunicado do Comando Provincial da Huíla da Polícia Nacional, acrescentando que “o Sr. deputado não prestou socorro às vítimas. Abandonou-as no local e seguiu marcha em direcção ao centro do Lubango”.

De acordo ainda com a nota da corporação, intitulado “Direito de Resposta”, não foi o deputado que “se apresentou à Polícia, foi a Polícia que o interpelou depois de ter sido comunicada do acidente”. E mais: “o Sr. deputado se recusou a fazer o teste de alcoolemia. Não colhe a justificação da necessidade da presença de um advogado ou do comandante da Polícia, pois o teste é realizado através de um aparelho que, além de apresentar, imprime o resultado”.

A Polícia Nacional acredita, também, que “a violência do embate e as consequências provocadas em ambos os veículos supõem que estava a conduzir com uma velocidade excessiva”.

Outrossim, segundo o Comando Policial, contrariamente ao que o deputado Samapoio Mucanda alegou na sua conta do Facebook, não foi “o Sr. deputado” que “teve a iniciativa de apoiar os sinistrados logo após o acidente. Apenas decidiu fazê-lo no dia seguinte depois de o comandante provincial ter sugerido”; aliás, o contacto entre os familiares das vítimas e o parlamentar só foi possível devido à intermediação policial.

O comunicado da PN termina reiterando “o seu compromisso com a verdade e imparcialidade no tratamento dos casos”.