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Grupo Parlamentar da UNITA preocupado com “integridade física” do cidadão denunciante do narcotráfico

02-03-2023 6:48

Clinton Manuel

Jornalista estagiário

02-03-2023 6:48

Clinton Manuel

Jornalista estagiário

O Grupo Parlamentar da UNITA emitiu, na manhã desta quinta-feira, 02 de Março, uma nota de imprensa, na qual manifesta “enorme preocupação” pelo estado em  que se encontra uma família angolana em Moçambique e, por isso,  apela às autoridades angolanas para  salvaguardarem os direitos fundamentais desses cidadãos, que, neste momento, estão sob custódia da Polícia da República de Moçambique

Depois de ter feito uma denúncia pública sobre  suposto envolvimento de altas figuras da Polícia Nacional e dos Serviços de Investigação Criminal no narcotráfico e ter sido vítima de uma tentativa de rapto, o jovem angolano Gelson Emanuel Quintas, conhecido por Man Gena, ex-membro de uma gang, fugiu de Angola para Moçambique com a família, com a esposa em estado de gestação e mais duas crianças menores, de 3 e 2 anos, respectivamente, em busca de protecção política e jurídica, na sequência das perseguições de que vêm sofrendo.

As autoridades moçambicanas alegam que a família entrou ilegalmente em território nacional, não tendo apresentado nenhum documento que legitimasse a sua estadia no país e que, por isso, devem ser, imediatamente, deportados para Angola, o que, segundo o Grupo Parlamentar da UNITA, a “extradição compulsiva para Angola colocará em risco as vidas desses quatro cidadãos”.

O Grupo Parlamentar da UNITA informa a opinião pública nacional e internacional que efectuou diligências junto de algumas autoridades em Moçambique, de entre elas deputados, organizações dos direitos humanos como o Alto Comissariado das Nações Unidas em Moçambique, a Rede Moçambicana dos Defensores dos Direitos Humanos e activistas cívicos da Rede de Mulheres Jovens Líderes de Moçambique e do Observatório de Mulheres de Moçambique, no sentido de seguirem os desenvolvimentos da situação em que se encontra a família em causa.

O presidente da Rede Moçambicana dos defensores de Direitos Humanos, Adriano Nuvunga, defende que Man Gena entrou no país à procura de asilo para tentar salvar a sua vida e de sua família e não pode ser devolvido a Angola, mas, pelo contrário, “tem que ser protegido, à luz do direito internacional e, em caso de ser deportado para Angola, vai ser claramente assassinado.”

Considerando que se trata de cidadãos nacionais que gozam de direitos e liberdades previstos na Constituição da República e demais instrumentos jurídicos internacionais subscritos por Angola, o Grupo Parlamentar da UNITA informa que endereçou cartas aos ministros angolanos do Interior e das Relações Exteriores, à Coordenadora Residente das Nações Unidas em Angola, às Embaixadas de Moçambique em Angola e de Angola em Moçambique, à dos Estados Unidos e da União Europeia em Angola, para garantir e assegurar a integridade física e moral de Gelson Emanuel Quintas e família que se encontram em território moçambicano.

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