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Economia cresce 3,5%, mas perde ritmo em relação a 2024

Bernardo Bunga

2 Junho, 2025 - 19:14

Bernardo Bunga

2 Junho, 2025 - 19:14

O desempenho da economia nacional voltou a testemunhar sinais de retoma de crescimento, depois de já ter verificado um incremento de 2,9 pontos percentuais (p.p.) no quarto trimestre do ano transacto em relação ao período homólogo de 2023. No primeiro trimestre do corrente ano, a mesma trajectória levou uma expansão real de 3,5% face ao mesmo período do ano anterior, de acordo com dados oficiais divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística de Angola (INE) na passada sexta-feira (30)

A economia nacional registou um crescimento real do Produto Interno Bruto (PIB), totalizando AOA 27,77 biliões (US$ 30,28 mil milhões), no primeiro trimestre de 2025, um incremento de 3,5% em comparação com o mesmo período do ano anterior.

Embora o indicador revele uma continuidade da trajectória de crescimento económico, o ritmo de crescimento representa uma ligeira desaceleração face ao incremento de 3,8% observado no primeiro trimestre de 2024, traduzindo-se numa queda de 0,3 ponto percentual (p.p.).

A análise da série com ajuste sazonal, que elimina os efeitos das fluctuações típicas de cada período do ano, indica um avanço de 2,3% na passagem do quarto trimestre de 2024 para o primeiro trimestre de 2025.

Nos primeiros 90 dias do corrente ano, a mecânica da economia do país foi marcada por uma concentração significativa do PIB em um conjunto restrito de actividades económicas que, pela sua expressiva contribuição percentual, revelam o perfil estrutural da produção nacional.

Segundo os dados divulgados pela autoridade responsável pela estatística do país (INE), o sector do comércio manteve a sua posição de liderança, com uma participação de 21,5% no total do PIB. Em seguida, a Agropecuária e Silvicultura, com uma contribuição de 20,9%, firmando-se como a principal actividade do sector primário.

A indústria extractiva, representada pela Extracção e Refinação do Petróleo Bruto e Gás Natural, uma fatia de 17,5%. No sector público, a Administração Pública, Defesa e Segurança Social Obrigatória contribuiu com 8,7%. Já a Indústria Transformadora, com 7,1%, revela os primeiros sinais de uma revitalização da capacidade produtiva nacional.

Por fim, os chamados “Outros Serviços”, categoria que agrega actividades como educação privada, serviços financeiros e telecomunicações, entre outros, representaram 5,5% do PIB.

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