Os dados sobre o Índice de Preços no Consumidor Nacional (IPCN), divulgados nesta sexta-feira (11), indicam que, entre Maio e Junho de 2025, foi registado uma variação mensal de 1,21%, correspondendo a uma aceleração de 0,04 pontos percentuais, quando, em Maio, se situou em 1,17%, quebrando, assim, o ritmo de desaceleração da inflação mensal que se vinha verificando desde o início do ano.
Já no plano homólogo, isto é, ao comparar a inflação mensal entre Junho de 2024 e Junho de 2025, constata-se uma queda da inflação de 0,86 ponto percentual (p.p.).
A variação anual do IPCN situou-se em 19,73% no mês de Junho do presente ano, representando uma redução de 11,27 p.p. face à taxa homóloga registada em Junho de 2024, valor que evidencia a dinâmica de desaceleração do ritmo inflacionista da taxa homóloga que tem sido verificado desde o início deste ano. Adicionalmente, quando se compara a actual variação homóloga, Maio de 2025, com a observada no mês de Abril do mesmo ano, observa-se um abrandamento em 1,01 p.p.
De acordo com o documento, a “classe habitação, água, electricidade e combustíveis” foi a que registou o maior aumento de preços com 2,50%. Destacam-se, também, os aumentos dos preços verificados nas classes comunicações com 2,01%, bens e serviços diversos com 1,89% e alimentação e bebidas não alcoólicas com 0,98%.
As províncias de Cunene (0,73%), Luanda (0,97%) e Huambo, com 1,4%, apresentaram as menores variações de preços durante o mês de Junho do corrente ano, destacando-se como as regiões com o menor nível de inflação, segundo o IPCN. Em contrapartida, as províncias de Cabinda e Benguela com 1,78% cada, e Uíge com 1,48%, registaram as maiores variações, confirmando-se como as localidades com maior pressão inflacionista no referente período.
Para o ano em curso, o BNA estabeleceu uma meta de inflação de 17,5% até ao final do ano, projectando uma redução da inflação homóloga já até Junho do corrente ano.
Os dados actuais do INE mostram que a inflação homóloga de Junho esteve 2,23 pontos percentuais acima da meta prevista pelo Banco Central, entidade responsável pela política monetária nacional.