A constatação do chefe de Estado surge numa altura em que o país luta para corrigir o declínio da produção, lembrando que a meta do governo é de produzir, diariamente, acima de 1 milhão de barris de petróleo por dia até 2027.
“O sector petrolífero tem sido determinante para o crescimento do nosso país. A exploração e produção de recursos naturais contribuíram para a melhoria das condições de vida do povo angolano”, afirmou o Presidente Lourenço, acrescentando que o País “oferece condições de investimento que garantem estabilidade contratual, segurança jurídica e durabilidade dos investimentos”.
A AOG 2025 reconhece o papel catalisador que o petróleo e o gás tiveram no desenvolvimento do país ao longo dos 50 anos de independência, constituindo uma plataforma estratégica de parcerias e acordos que lançará as bases para os próximos 50 anos de crescimento. Para tal, disse o Presidente João Lourenço, “a cooperação entre o sector público e privado, entre empresas internacionais e parceiros locais, será essencial para alcançarmos as nossas aspirações”.
E acrescenta: “Há cinco décadas, o povo angolano lutou pelo seu direito à soberania. Ao longo dos anos, o sector petrolífero foi fundamental para a economia e para o desenvolvimento do nosso país. Este é um momento para celebrarmos, mas também para reflectirmos sobre a forma como podemos usar os nossos recursos de modo mais eficaz, encontrando o equilíbrio entre crescimento económico, justiça social e protecção ambiental”, concluiu.
Por sua vez, o ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Pedro Azevedo, revelou que Angola deverá receber investimentos de US$ 72 mil milhões nas concessões petrolíferas já atribuídas no período de 2025 a 2029.
“As nossas acções actuais estão focadas em mitigar o declínio da produção e em manter o volume acima de um milhão de barris por dia. Desde a última conferência, concluímos várias actividades. Iniciámos o projecto Agogo, bem como desenvolvimentos nos blocos 17 e 17/06. Complementam estas iniciativas as campanhas de exploração em novas bacias. Outro projecto de grande importância é o desenvolvimento do Kaminho”, afirmou Azevedo.
“Estamos a prosseguir com o desenvolvimento da refinaria do Lobito, ao mesmo tempo que avaliamos a viabilidade do projecto do Soyo. Estas iniciativas posicionam Angola como um novo centro regional de refinação. Melhorámos também a legislação relativa à participação local na indústria. O compromisso é alargar parcerias e criar valor para o povo de Angola”, acrescentou o ministro.