Segundo a comunicação feita pelo governador do Banco Central, Manuel Tiago Dias, a Taxa BNA foi reduzida de 19% para 18,5%, a taxa da Facilidade Permanente de Cedência de Liquidez passou de 20% para 19,5%, e a da Facilidade Permanente de Absorção de Liquidez desceu de 17% para 16,5%, traduzindo-se, assim, na segunda redução consecutiva das taxas de juro da política monetária.
De acordo com o comunicado, a decisão reflecte a evolução positiva dos principais indicadores, com especial destaque para a inflação, que voltou a recuar em Outubro. A inflação mensal fixou-se em 0,93, abaixo dos 1,01% registados em Setembro, enquanto a inflação homóloga atingiu 17,43%, continuando a distanciar-se dos 18,16% registados um mês antes.
“A tendência de desaceleração da inflação deverá manter-se até ao final do ano, tendo em conta o nível de liquidez adequado à actividade económica, à maior disponibilidade de produtos de amplo consumo e à relativa estabilidade cambial”, lê-se no comunicado.
No domínio monetário, a Base Monetária em moeda nacional registou, em Outubro, uma contracção de 0,25%, embora, em termos homólogos, tenha crescido 7,92%. O agregado M2 expandiu 1,13% no mês, com variação acumulada de 13,16% desde o início do ano, reflexo do aumento dos depósitos, sobretudo em moeda nacional.
O crédito à economia atingiu AOA 7,106 biliões, representando um crescimento homólogo de 21,85%. Em termos absolutos, o crédito em moeda nacional aumentou para AOA 1,27 biliões.
O stock das Reservas Internacionais Líquidas (RIL) fixou-se em US$ 15,31 mil milhões, assegurando uma cobertura de cerca de 7,87 meses de importações de bens e serviços, nível considerado confortável para os padrões internacionais.