A Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANPG), a Total Energies e os parceiros do Grupo empreiteiro (Petronas e Sonangol) do Bloco 20/11 assinaram, nesta segunda-feira, em Luanda, o acordo relativo à Decisão Final de Investimento (FID) dos Campos Cameia e Golfinho, que prevê produzir cerca de 70 mil barris de petróleo por dia.
Inserido dentro do Projecto Kaminho do Bloco 20, da Bacia do Kwanza, o projecto está orçado em 6 mil milhões de dólares.
A Decisão Final de Investimento dos Campos Cameia e Golfinho vai impulsionar o projecto Kaminho, que envolve a conversão de um petroleiro da classe VLCC (Very Large Crude Carrier) em Unidade de Produção, Armazenamento e Descarga (FPSO), conectado a uma rede de produção submarina. O projecto prevê mais de 10 milhões de horas de trabalho em Angola, principalmente nas operações offshore e nas actividades de construção em estaleiros locais.
Para o presidente do Conselho de Administração da ANPG, Paulino Jerónimo, o primeiro desenvolvimento na Zona marítima da bacia do Kwanza é importante para mostrar a abertura de novas fronteiras petrolíferas em Angola, e faz parte da estratégia que estamos a implementar para manter Angola no topo da lista dos produtores petrolíferos africanos e para gerarmos receitas significativas para a nossa economia.
Na sua intervenção, o ministro dos Recursos Naturais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo, destacou a importância da parceria entre a TotalEnergies, a Sonangol e a Petronas para a concretização do Kaminho.
“A concretização desta parceria é, para nós, de extrema importância, assim como o seu contributo para que a Sonangol possa aumentar a sua quota enquanto operador em Angola. Assume, igualmente, relevância o facto de os contratos assinados contemplarem a inclusão de empresas nacionais e de contribuírem para o desenvolvimento do tão necessário conteúdo local”, frisou.
O director geral da TotalEnergies, Patrick Pouyanné, enalteceu o ambiente de negócios em Angola.
“Este projecto inclui tecnologia alinhada com o nosso portfólio de baixo-custo e as desejáveis baixas emissões, sendo o nosso sétimo FPSO no país e o primeiro desenvolvimento na Bacia do Kwanza”.