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Sondagem: Michelle Obama é a única alternativa a Biden que venceria Trump

Eunice Parreira

4 Julho, 2024 - 20:25

Eunice Parreira

4 Julho, 2024 - 20:25

O debate contra Donald Trump, que mostrou as fragilidades de Joe Biden enquanto candidato às eleições presidenciais, ligou os alarmes no Partido Democrata. Mais de metade dos norte-americanos quer o atual Presidente fora da corrida e os eleitores apontam Michelle Obama como a única esperança para assegurar a vitória

Os receios de que Joe Biden não assegure a reeleição para a Casa Branca têm aumentado na última semana, com várias personalidades a pedir a substituição do candidato, após um debate desastroso contra Donald Trump. A principal alternativa apontada pelos norte-americanos reside na antiga primeira-dama, Michelle Obama, segundo uma sondagem da agência Reuters em conjunto com a Ipsos, uma empresa de estudos do mercado, realizada no rescaldo do confronto entre os candidatos.

Entre os nomes já referidos para suceder a Joe Biden, apenas a esposa do antigo Presidente Barack Obama consegue superar a intenção de voto em Donald Trump. Numa corrida hipotética entre os dois candidatos, Michelle Obama teria 50% dos votos, em comparação com Trump, que só teria 39% da votação. A sondagem indicia que Michelle conseguiria captar o voto de eleitores descontentes com os dois atuais candidatos e que não pretendem votar com o atual cenário.

O apoio é considerável, embora Michelle Obama tenha referido diversas vezes, inclusive no seu livro de memórias “Becoming – A Minha História”, que não tencionava candidatar-se à presidência. A ex-primeira-dama também já mostrou o seu apoio à candidatura de Biden, embora Barack Obama tenha confessado, em privado aos seus aliados, segundo o “Washington Post”, que o atual Presidente terá dificuldades em ser reeleito após o fraco debate.

Kamala Harris, uma das favoritas para ocupar o lugar de Biden no caso de desistência da corrida, perderia igualmente o voto popular, com 42% face aos 43% de Trump. Estatisticamente, a vice-presidente arrecadaria a mesma quantidade de votos do que Joe Biden, devido à margem de erro de 3,5% da sondagem.

Pese embora o alegado favoritismo de Kamala Harris entre os democratas – o “Washington Post” assegura que a vice-Presidente granjeia já fortes apoios no seio do partido – , apenas 40% dos eleitores norte-americanos tem uma imagem favorável sobre a possível candidata. Um valor próximo aos 42% que avaliam positivamente Trump e os 38% que analisam Biden da mesma forma. Michelle Obama destaca-se nesta avaliação, com 55% a afirmarem ter uma opinião favorável da antiga primeira-dama.

O debate sobre qual candidato deverá ocupar o lugar do atual Presidente, em caso de desistência da corrida eleitoral, vai continuar, mas há uma certeza nesta sondagem: mais de metade dos norte-americanos (56%) considera que Biden deve desistir. Com menos 10 pontos percentuais, 46% acreditam que Trump deve abdicar. Um cenário revelador da absoluta polarização na opinião pública.

Após o debate, em que Biden cometeu erros e perdeu frequentemente a coerência, o Presidente atribuiu o seu fraco desempenho ao jet lag por ter feito duas viagens em que passou “por 100 fusos horários”. “Não dei ouvidos à minha equipa, regressei e quase adormeci no palco”, afirmou o Presidente. “Isso não é uma desculpa, mas é uma explicação”, declarou ainda.

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