O Banco de Fomento de Angola (BFA), o Banco Angolano de Investimentos (BAI) e o Standard Bank Angola são as instituições bancárias que mais geraram insatisfação de clientes durante o Iº trimestre de 2024.

De acordo com um relatório do Banco Nacional de Angola (BNA), o Sistema Financeiro Angolano (SFA) recebeu 16 548 reclamações, numa média de 5 516 processos por mês, o que corresponde a um aumento de 105,97% face ao trimestre anterior. O total de reclamações contra as instituições bancárias registou 7 413 reclamações, perfazendo uma média de 2471 queixas por mês. Os bancos sistemáticos com um registo de 6896 concentraram 93% das insatisfações dos clientes.

O documento do Banco Central espelha que a grande banca (bancos de importância sistémica) registou uma média de 47.3 reclamações por cada 100 mil clientes.

O BFA é o campeão das reclamações recebidas, com um total 2205 queixas feitas à sede e demais dependências do órgão supervisor do sistema financeiro. As insatisfações dos clientes relativamente aos serviços prestados pelo banco dirigido por Luís Gonçalves estão relacionadas a matérias de cartões de débito, caixas automáticas/TPA e contas ordenado.

Na 2.ª posição está o BAI, presidido por Luís Lélis, com 1565 contestações relacionadas a contas de depósitos à ordem, cartões pré-pagos e operações com o estrangeiro. A completar o pódio está o Standard Bank Angola, presidido por Luís Teles, com 1176 reclamações dos clientes a incidir sobre os serviços de internet banking, contas de depósitos à ordem e operações com o estrangeiro.

O BIC, presidido por Hugo Teles, segue na quarta posição com 692 relacionadas a caixas automáticos/ATM, contas de depósitos à ordem e crédito ao consumo. A finalizar o quinteto está o banco comercial público BPC, em cuja presidência executiva está Luzolo de Carvalho, com 557 reclamações relacionada a caixas automáticos/ATM, contas de depósitos à ordem e descobertos bancários.

Access Bank Angola com menos descontentes  

Se olharmos para a banca de pequena dimensão (instituições bancárias não sistémicas) que registou uma média de 213,13 reclamações por cada 50 mil clientes, o número de insatisfação foi de 517. O Banco Valor, em cuja presidência executiva está Gonçalo Madaleno, lidera o ranking de insatisfação com 229 contestações, seguido pelo Banco Yetu, presidido por João Carlos, com 206 e o Banco Caixa Geral Angola, presidido por João Pereira, com 45 insatisfações apresentadas ao BNA.

O Access Bank Angola, liderado por Rui Pereira, é a instituição bancária onde os consumidores se mostram menos descontentes, ao registar apenas duas reclamações, estando ligado a contas de depósitos à ordem. A seguir está o Banco de Desenvolvimento de Angola (PCE Patrícia D’Almeida Cunha), e o Banco Crédito do Sul (PCE Rafael Kapose), que registaram quatro reclamações cada.