Finanças & Wall Street

BFA, BIC e BE têm apenas mais 1 dia para publicação do balancete

Adnardo Barros

14 Agosto, 2024 - 12:51

Adnardo Barros

14 Agosto, 2024 - 12:51

Num universo de vinte e dois bancos comerciais que operam no mercado nacional, o Banco de Fomento Angola, o Banco BIC e o Banco Económico são as entidades bancárias que, até ao momento, não publicaram o balancete do segundo trimestre do ano em curso conforme a imposição da norma do Banco Nacional de Angola, o regulador bancário, que estabelece o prazo de 45 dias para a divulgação da “saúde financeira” dos bancos após o término do período. Com os resultados do II trimestre do Standard Bank a somarem US$ 60 milhões, o mercado aguarda expectante pelos resultados do banco presidido por Luís Gonçalves, o BFA

O aviso n.º 05/2019 de 23 de Agosto do Banco Nacional de Angola (BNA) estabelece o prazo de 45 dias para a publicação das demonstrações financeiras trimestrais (balancetes) por parte das entidades bancárias.

Entretanto, até ao momento, quarenta e quatro dias após o fecho das contas do trimestre passado, três instituições financeiras de importância sistêmica ainda não divulgaram os seus balancetes. É o caso do Banco Económico (BE), do Banco Internacional de Crédito (BIC) e do Banco de Fomento Angola (BFA).

À luz da norma do regulador bancário, as três entidades têm apenas até ao dia de amanhã, quinta-feira, 15 de Agosto, para a publicação das suas demonstrações financeiras referente ao término do referido período.

“O incumprimento das disposições estabelecidas no presente Aviso constitui contravenção punível nos termos da Lei n.º 12/15 de 17 de Junho, Lei de Bases das Instituições Financeiras”, lê-se no artigo 17.⁰ da norma do BNA, publicada em Diário da República a 30 de Agosto de 2019.

As cronologias dos factos revelam que o Banco Económico, sucedâneo do Banco Espírito Santo Angola (BESA), é reincidente na prática da não divulgação das informações financeiras em tempo estipulado por lei, nomeadamente o balancete e relatório & contas. O último balancete publicado no site da entidade, referente aos primeiros três meses do ano, revela que o banco teve resultados de AOA 90 milhões (US$ 108 mil) face aos prejuízos obtidos no período homólogo em que os resultados se cifraram em parcos AOA 7 milhões (US$ 9 mil). Recentemente, o BE nomeou um novo Presidente da Comissão Executiva, Jorge Pereira Ramos, em substituição de Víctor Manuel Faria Cardoso, que renunciou ao cargo em Maio último.

Quanto ao Banco BIC, liderado por Hugo Miguel Silva Teles, os resultados do primeiro trimestre revelaram-se numa catástrofe, tendo sido o pior nos últimos 10 anos em períodos homólogos. O lucro da entidade financeira cifrara-se em AOA 976 milhões, equivalente a 1,17 milhões de dólares, ao câmbio do BNA praticado até ao último dia de Março. Um resultado que correspondeu a menos 77% no comparativo com o período homólogo.

O Banco de Fomento Angola, em cuja presidência da Comissão Executiva está Luís Roberto Gonçalves, teve o maior lucro da banca nacional no primeiro trimestre, ao somar AOA 47,7 mil milhões (US$ 55 milhões). Entretanto, o mercado financeiro aguarda, com bastante expectativa, se a equipa de Luís Gonçalves poderá superar os resultados obtidos pela equipa do Standard Bank Angola, liderada por Luís Teles, que até agora teve o maior resultado da banca nacional ao somar US$ 60,13 milhões, ou seja, 52 mil milhões da moeda nacional.

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