Empresas & Negócios

Reforma fiscal para 2025: Especialistas debateram novo imposto na conferência da Economia & Mercado

José Praia

25 Setembro, 2024 - 16:22

José Praia

25 Setembro, 2024 - 16:22

O nono projecto de reforma tributária a ser implementado pelo Governo entrará em vigor em 2025. Com isto, pretende-se unificar todos os impostos de rendimento das pessoas colectivas num único imposto, evitando o incumprimento das obrigações tributárias. Trata-se de uma forma significativa da melhoria do ambiente de negócios. Empresários e profissionais de diversas áreas convergiram sobre os ganhos do Imposto sobre Rendimento das Pessoas Colectivas (IRPC)

Nesta terça-feira, 24 de Setembro, Luanda foi palco para alguns dos principais actores empresariais num debate centrado sobre “A reforma fiscal para 2025 e o seu impacto nas empresas”, promovido pela revista Economia & Mercado, na sua IV Edição da Conferência sobre a Tributação.

O presidente do conselho de administração da AGT, José Vieira Nuno Leiria, abriu a sessão de intervenção analisando os desafios da implementação do novo projecto de reforma tributária, também conhecida por IRPC, que vai unir todos os impostos sobre rendimentos.

“Em Janeiro deste ano, a AGT iniciou um processo de cadastramento de contribuintes que exercem as suas actividades lucrativas relevantes para a informalidade, como por exemplo, em cantinas, armazéns e outros estabelecimentos com características lucrativas”, disse Leiria.

Com essa medida, a Administração Geral Tributária contabilizou 29 mil estabelecimentos comerciais e espera que a reforma fiscal prevista possa ter o devido impacto desejado.

Para o sócio-gerente da Forvis Mazars Angola, Jacques dos Santos, a medida das autoridades tributárias aumentará ligeiramente os impostos, cuja taxa no regime geral vai manter com a taxa de 25%, mas a novidade é que vai incidir sobre a facturação mensal das entidades.

“A intenção é incentivar os negócios e tornar as empresas mais desafiantes. O que mata, na verdade, os negócios não são os impostos, mas a falta de sabedoria e capacidade de gestão para tomar decisões que levam ao sucesso”, disse Jacques dos Santos.

Dados sobre o emprego referentes ao segundo trimestre, elaborados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), revelam que a actividade económica que mais empregou foi o comércio. Em Angola, esta actividade é exercida por pessoas individuais com pequenos negócios, micro e pequenas empresas que não pagam impostos por falta de cadastramento e de um sistema informático automatizado para corresponder ao pagamento de impostos.

Luanda, tendo em conta a sua densidade populacional, é a província com mais estabelecimentos cadastrados, somando 9 mil do total para o pagamento de impostos. A directora nacional do centro de estudos tributários da AGT, Cristina de Sena Muengo, informou que, nos últimos tempos, o órgão responsável pela fiscalidade tem pautado pela sensibilização das micros e pequenas empresas sobre a necessidade do pagamento de impostos.

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