O documento aborda a evolução da economia e o desenvolvimento empresarial em Angola, destacando as percepções dos gestores empresariais. Influenciados por factores como a inflação e os desafios específicos do contexto nacional, os dados revelam que apenas 14% dos gestores estão optimistas em relação ao crescimento económico do país. Por outro lado, uma expressiva maioria de 72% manifesta pessimismo, enquanto 14% mantém uma posição neutra.
Os empresários adoptaram uma postura cautelosa em relação às expectativas de investimento em suas empresas para 2024. De acordo com os dados, 30% planeam realizar novos investimentos ao longo do ano, enquanto uma maioria de 63% não prevê novos aportes no mesmo período. Além disso, 7% dos empresários indicam intenção de desinvestir.
As expectativas dos empresários em relação à evolução do volume de negócios das suas empresas apresentam um tom mais optimista. De acordo com o estudo, 47% dos gestores acreditam que o volume de negócios irá aumentar, enquanto 37% preveem uma redução. Já 16% mantêm uma posição neutra.
O estudo também conclui que “Angola apresenta um cenário promissor para investimentos, com potencial significativo de retorno para aqueles que estão preparados para enfrentar os desafios e aproveitar as oportunidades oferecidas”. Um dos grandes desafios apontados pela maior parte dos empresários em relação ao investimento tem a ver com o acesso às divisas, a inflação e a burocracia. Estes desafios foram apontados como entraves ao investimento por parte da classe empresarial.
Quando questionados sobre o grau de exposição das suas empresas em relação à inflação e à volatilidade macroeconómica como ameaças nos próximos 12 meses, os 60% dos CEOs indicaram a inflação como a principal ameaça a ser enfrentada em 2024. Além disso, 49% dos CEOs destacaram a volatilidade macroeconómica como um factor de risco significativo para o próximo ano.
O documento faz referência que “os investidores enfrentam vários obstáculos que podem dificultar a realização plena do potencial do próprio país, nomeadamente: a dependência do petróleo; o ambiente regulatório; as infraestruturas; a corrupção; o acesso a financiamento; a segurança; a diversidade económica; e a formação dos trabalhadores”.
Em relação à gestão de mão-de-obra, 70% dos gestores apontam a contratação de colaboradores com as competências necessárias como o principal desafio enfrentado pelas suas empresas.