Finanças & Wall Street

Mário Mangueira, o rosto da restruturação do FACRA

Nelson Francisco Sul

28 Novembro, 2024 - 07:39

Nelson Francisco Sul

28 Novembro, 2024 - 07:39

Começou na área de contabilidade, depois foi para os investimentos. Tem passagem por uma das entidades do universo Grupo ESCOM, tendo sido um dos seus responsáveis por Angola, África do Sul, Moçambique, República do Congo e Portugal. Conheça o perfil de Mário Augusto dos Santos Mangueira, o gestor a quem foi incumbida a tarefa de reestruturar o Fundo Activo de Capital de Risco Angolano (FACRA). Tem apenas 180 dias para apresentar soluções

Esteve sempre ligado ao sector financeiro, onde acumula um extenso percurso. Com uma carreira iniciada em 2006, como contabilista no Departamento Financeiro da Cabinda Golf Oil Company, uma subsidiária da Chevron, Mangueira tem ainda passagem no extinto Banco Privado Atlântico, onde exerceu a função de subdirector de Auditoria Interna & Inspecção.

Tempos depois, ainda no Atlântico, o gestor, licenciado em Gestão pelo Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG) da Universidade Técnica de Lisboa, transita para o departamento de Contabilidade e Controlo de Gestão, ocupando a função de Subdirector, cargo que exerceu entre finais de 2008 e 2012, altura que decide juntar-se aos quadros da Escom Investimentos & Participações, uma das entidades do universo Grupo ESCOM.

Na subsidiária do Grupo Espírito Santo (GES), que contava com capital angolano da petrolífera estatal Sonangol, Mangueira foi o responsável pela gestão contábil da companhia, com função extensiva às empresas da entidade sedeadas em Angola, Moçambique, República do Congo, África do Sul e Portugal.

Em 2012, encerra o vínculo com a Escom Investimentos & Participações, para assumir o desafio de gestor de projectos com função de Subdirector de Análise e Gestão de Projectos do Fundo Activo de Capital de Risco Angolano (FACRA), organismo de investimentos financeiros de longo prazo destinado às Micro, Pequenas e Médias Empresas (MPMEs).

Em Abril de 2019, o então ministro da Economia e Planeamento, Pedro Luís da Fonseca, suspende os órgãos sociais do FACRA, e cria a Comissão de Reestruturação, nomeando o economista Teodoro de Jesus Xavier Poulson para coordenador. No despacho ministerial é Mário Augusto Mangueira indigitado vogal da referida Comissão, e passa a responder pelos pelouros de Análise de Investimento e Gestão de Projectos.

A 19 de Janeiro do ano em curso, o Decreto Legislativo Presidencial n.º2/24 altera o regime de organização e funcionamento dos Órgãos Auxiliares do Presidente da República e a superintendência do FACRA passa para o Ministério das Finanças. Entretanto, apesar da Comissão de Reestruturação estar em vigor há cinco anos, a ministra Vera Daves de Sousa entendeu manter o processo de reestruturação, com vista a corresponder ao Programa de Estruturação dos Fundos Públicos, tendo nomeado Mário Mangueira como coordenador, coadjuvado por dois vogais, Irene de Fátima Cristóvão e Avelino João Ntambu Kiapuku.

Em entrevista exclusiva ao O Telegrama, Mário Mangueira comenta a tarefa que foi incumbida à sua equipa, com prazo de 180 dias. “Recebemos a missão de elaborar o plano estratégico para restruturar o fundo, o modelo de gestão, estruturar organismo e alinhar o FACRA com o novo programa dos fundos públicos”, disse.

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