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Diamante: Negociações entre Endiama e Maaden após saída da Alrosa

Bernardo Bunga

10 Dezembro, 2024 - 12:32

Bernardo Bunga

10 Dezembro, 2024 - 12:32

Encontro sinaliza a decisão do Conselho de Ministros que, a 28 de Novembro, deliberou pela substituição da participação da gigante russa do sector diamantífero, a Alrosa, nas minas de Catoca e Luele, pela empresa saudita Maaden

A Alrosa, que por décadas desempenhou um papel central na operação da mina de Catoca, a quarta maior do mundo em capacidade, foi substituída por uma subsidiária do fundo soberano de Omã.

Desde a última segunda-feira (9) que Luanda é o palco das negociações presenciais entre a Endiama, empresa pública angolana dedicada à prospecção, reconhecimento, exploração, lapidação e comercialização de diamantes, e a Maaden International Investment, empresa de Omã, localizada na Península Arábica.

A Maaden assumirá os 41% de participação da Alrosa na mina de Catoca, que responde por mais de 75% da produção de diamantes de Angola. Além disso, a Maaden também herdará a participação indirecta da Alrosa no projecto Luaxe, uma importante mina localizada na província da Lunda-Sul.

Este é o primeiro encontro formal entre Ganga Júnior, PCA da Endiama, e Abdul Aziz Al Maqbali, seu homólogo na Maaden, que foi realizado com a presença do ministro Diamantino Azevedo.

Durante a audiência, Al Maqbali expressou gratidão pela recepção e destacou o alinhamento entre as empresas, prevendo a conclusão das negociações de investimento nos próximos dias, enfatizando as ambições conjuntas de fortalecer a cadeia de valor dos diamantes angolanos e a economia de ambos os países.

No mês passado, o titular da pasta dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás elucidou os fundamentos da decisão estratégica de remover a estatal russa Alrosa da estrutura societária da mina de Catoca, ressaltando que as sanções internacionais aplicadas à empresa russa desde Fevereiro de 2022 impactaram negativamente nos negócios e na credibilidade dos diamantes angolanos no mercado global.

Segundo o ministro, as restrições dificultaram o acesso de Catoca a mercados essenciais e comprometeram a competitividade dos diamantes de Angola, levando o Presidente da República, João Lourenço, a intervir directamente no processo. Sob sua orientação, à Endiama, parceira da Alrosa em Catoca, foi incumbida a busca de uma solução que equilibrasse os interesses de ambas as partes, assegurando a continuidade operacional e a integridade da reputação dos diamantes angolanos.

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