A esta hora, o barril de Brent do Mar do Norte, referência para a Europa, recua 0,36%, para 71,03 dólares, enquanto nos Estados Unidos, o West Texas Intermediate (WTI) desvaloriza 0,24%, para 74,31 dólares por barril. Os dois índices encerraram a semana passada com um saldo positivo de 3%.
Estas quedas acontecem numa altura em que a refinação de crude na China caiu para o valor mais baixo em cinco meses e um indicador chave da economia do país – as vendas a retalho – voltou a ficar abaixo das expectativas dos analistas.
A vitalidade do mercado chinês, como o maior importador de petróleo no mundo, tem grande impacto nos preços de crude. Mas, mesmo antes de se conhecerem estes dados, a matéria-prima já estava a ser pressionada pelas afirmações do Secretário do Tesouro norte-americano, que indicou que os EUA e os seus aliados poderiam considerar reduzir o preço máximo do petróleo russo, de forma a limitar ainda mais a capacidade do país se financiar.
China pressiona praças asiáticas e leva Europa para o vermelho
A última semana completa de negociação do ano arrancou com o pé esquerdo para as ações asiáticas – e as europeias encaminham-se para a mesma tendência. Isto numa altura em que a economia chinesa continua a preocupar os investidores.
No país oriental, o Hang Seng, de Hong Kong, e o Shanghai Composite voltaram a registar quedas, com o primeiro a encerrar a sessão a desvalorizar mais de 1% e o segundo a cair 0,16%. Esta segunda-feira foram conhecidos os dados das vendas a retalho na China, que ficaram bastante abaixo das expectativas dos analistas (previa-se um crescimento de 5%, mas registou-se uma subida de apenas 3%) e continuam a indicar uma economia em estagnação.
Estes dados configuram-se como “um reflexo da terrível situação no país e da forma como os esforços de estímulo deram prioridade às aparências, em detrimento da obtenção de melhorias económicas significativas”, começa por explicar Charu Chanana, da Saxo Markets, à Bloomberg. “Mesmo para uma recuperação tática, é necessário mais, depois de uma série de falsas partidas e do risco das tarifas que se avizinha”, conclui.
Nas restantes praças asiáticas, a Coreia do Sul voltou às perdas, depois de ter encerrado as últimas sessões da semana passada a recuperar das grandes quedas registadas após a imposição de lei marcial no país – uma decisão rapidamente revertida pelo Parlamento. A destituição do Presidente Yoon Suk Yeol ainda reforçou o otimismo no início da negociação, mas rapidamente o pessimismo vivido nas outras praças do continente alastrou-se à Coreia do Sul e o Kospi encerrou a perder 0,22%.
No Japão, tanto o Topix como o Nikkei 225 encerraram a sessão a desvalorizar, embora de forma mais modesta que os seus congéneres asiáticos. O primeiro caiu 0,3%, enquanto o segundo cedeu 0,03%.
Pela Europa, a negociação de futuros aponta para uma abertura em ligeira queda, num dia marcado pela submissão do chanceler alemão Olaf Scholz a um voto de confiança. Uma derrota de Scholz pode levar a eleições antecipadas no país, agravando a situação económica delicada que a Alemanha enfrenta.