Arrancaram hoje as sétimas eleições-gerais da África do Sul, que de acordo com as sondagens, prometem ser as mais renhidas desde 1994, período em que o país enterrou o Apartheid e abriu-se para a democracia.
Fazendo fé nas sondagens, o Congresso Nacional Africano (ANC), então organização líder no combate à segregação racial, ainda não vai perder as eleições, mas deverá perder a maioria que detém no Parlamento, de onde ocupa 230 dos 400 assentos, o que o obrigará a formar governo de coligação.
Entre as razões apontadas para a queda de popularidade em flecha do ANC perfilam-se a perda do poder de compra entre os consumidores, o desemprego que atinge os 32,10%, além da desigualdade social.
À imprensa, John Steenhuisen, presidente da Aliança Democrática (DA), maior partido na oposição, negou qualquer possibilidade de coligação com o ANC, que possa dar ao partido governante fôlego para manter-se à frente dos destinos do país.
Para John Steenhuisen, o ANC é o responsável pela actual situação socioeconómica sofrível da população.
“Não acho que vamos resolver os problemas da África do Sul mantendo as mesmas pessoas à volta da mesma mesa a tomar as mesmas más decisões, com os mesmos maus resultados”, sublinhou Steenhuisen, depois de exercer o seu direito de votos.
Entre outras perspectivas políticas, referiu que o presente processo eleitoral é diferente dos anteriores em que, de forma atempada, havia a “conclusão cabal de que o ANC vai ganhar”.