Faz notícia na imprensa internacional e nos mercados financeiros, os lucros históricos obtidos da última década, pelo maior banco alemão, o Deutsche Bank. O banco fechou o primeiro trimestre com lucros de 1.158 milhões de euros, mais 12% face a igual período do ano anterior. É o melhor resultado líquido trimestral obtido pela instituição financeira na última década, escreve o britânico Financial Times.
E num momento de maior incerteza em relação ao sector bancário a nível global, a melhoria pode ajudar a cimentar a ideia de solidez em torno da instituição financeira quando o sector tem reagido com timidez e receios a nível global. E há motivos de sobras para alimentar o pessimismo numa altura em que bancos como o Silicon Valley Bank, o 16.º maior banco dos Estados Unidos, que acabou por tombar.
Outras instituições que acabaram estar no centro das atenções é o Credit Suisse e o First Republic Bank. O próprio Deutsche Bank não passou ao lado desta “crise”, tendo as acções do banco desvalorizado perto de 15% em março.
As acções da instituição bancária seguem a valorizar 1,63% para os 9,809 euros, não tendo visto uma valorização expressiva apesar dos lucros apresentados, após uma altura de forte pressão sobre o sector bancário. A brecha está na subida dos juros que ajudou os resultados da maior instituição financeira alemã.
Apesar dos bons resultados, a quebra na área da banca de investimento, o director-executivo da instituição, Christian Sewing, revelou a intenção de cortar a força de trabalho em 800 trabalhadores.