A classificação surge na sequência de um aumento de 16,8% no Rendimento Nacional Bruto (RNB) per capita entre 2023 e 2024, suportado por um crescimento real de 7,3% registado no ano passado.
A transição de categoria de médio-baixo para médio-alto do país da costa noroeste de África foi impulsionada pelo crescimento do PIB, que atingiu 7,3% em 2024 uma expansão de 2 pontos percentuais (p.p.) em relação a 2023. O principal motor desse desempenho foi o sector do turismo, que registou uma expansão de 16,5%, traduzindo-se no aumento da actividade económica e da entrada de receitas externas. Além disso, o deflator do PIB indicador que mede a variação dos preços na economia caiu de 4,1% para 1,7%, o que indica um nível moderado na inflação.
De acordo com os dados do Banco Mundial, outro factor relevante para o aumento da RNB per capita foi a revisão da estimativa populacional feita pela divisão de população da Organização das Nações Unidas (ONU), que ajustou os números para baixo em 12,8% para o ano de 2023. Com a mudança, Cabo-Verde passa a integrar o grupo restrito de países de rendimento médio-alto.
Todos os anos, o Grupo Banco Mundial classifica as economias mundiais em quatro grupos de renda: baixa, média-baixa, média-alta e alta. Essas classificações, actualizadas a cada ano em 1.° de Julho, são baseadas na Renda Nacional Bruta (RNB) per capita do ano anterior, expressa em dólares americanos.
A Namíbia foi o único país cuja classificação caiu este ano, da categoria de renda média-alta para a categoria de renda média-baixa. Em 2024, o PIB da Namíbia cresceu 3,7%, uma desaceleração de 0,7 p.p. relação ao ano anterior. Um dos principais factores por trás do crescimento mais lento do PIB foi uma forte desaceleração nas indústrias extractivas, cujo crescimento passou de um aumento de 19,3% em 2023 para uma queda 1,2% em 2024 devido à fraca demanda por diamantes.