A economia chinesa deverá retomar uma fase de maior crescimento dentro de um ou dois anos, prognosticou o economista David Daokui Li, conselheiro do governo de Xi Jinping. Porém, antes desta reviravolta, a segunda maior economia do planeta precisa de começar a combater a inflação.
David Daokui Li, que é professor da Universidade de Tsinghua e autor do livro “China’s World View”, está, neste momento, no Brasil onde discursou na Conferência Anual do Conselho Empresarial Brasil-China (CEBS), que reúne os principais grupos empresariais brasileiros, como Patrobras, Vale, JBS, Banco Brasil, Embraer, Bradesco, Itaú, Suzano e Klabin.
Aquele que é dito como um dos principais conselheiros económicos do governo da China disse que, com o PIB dos Estados Unidos da América a aumentar as taxas de juros para conter a inflação, a China corre o risco de ficar em desvantagem na competição internacional se se continuar a tendência de desaceleração.
Citado pela Folha de São Paulo, o alto funcionário do governo de Xi Jinping afirmou que “a redução dos investimentos das províncias chinesas – extremamente endividadas – é o principal factor por trás das dificuldades recentes da China”.
Li que já integrou o Comité de Política Monetária do Banco Central da China e foi o primeiro economista-chefe do Novo Banco de Desenvolvimento (New Development Bank), o banco dos Brics, acrescentou, ainda, que o governo chinês tem “forte sentido de urgência” na implantação de reformas e medidas que possam acelerar a expansão da economia. A economia chinesa pesa US$ 17 mil milhões em dívida pública estrangeira de Angola.