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Colômbia e Uzbequistão tornam-se membros do Banco do BRICS

Bernardo Bunga

8 Julho, 2025 - 17:57

Bernardo Bunga

8 Julho, 2025 - 17:57

O Novo Banco de Desenvolvimento (NDB, na sigla em inglês), instituição financeira multilateral criada no âmbito da cooperação dos países do BRICS, anunciou um novo marco no seu plano de expansão global: a integração oficial da Colômbia e do Uzbequistão como membros plenos. O anúncio foi feito pela presidente Dilma Rousseff

A Colômbia e Uzbequistão foram oficialmente admitidos como membros do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), conhecido originalmente como o Banco do BRICS, elevando para 11 o número total de países no quadro de associados. O anúncio foi feito no pretérito sábado durante a colectiva de imprensa que seguiu a 10.ª reunião do Conselho Director do NDB, realizada em vésperas da 17.ª edição da Cúpula do BRICS, que teve início nesta quarta-feira (6) e termina hoje.

A decisão foi formalizada pelo Conselho de Governadores do banco, que deu aval à entrada das duas economias, gesto que confirma o alargamento geoestratégico da instituição fundada em 2015 por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. O NDB é um banco multilateral de desenvolvimento que visa mobilizar recursos para projectos de infra-estrutura e desenvolvimento sustentável no BRICS e em outras economias de mercados emergentes e países em desenvolvimento.

O banco vem adoptando uma postura cada vez mais expansionista, integrando membros não fundadores como Bangladesh, Emirados Árabes Unidos, Egito e Argélia, antes de acolher agora Colômbia e Uzbequistão.

“Temos vários outros países sob observação e revisão, e eles podem entrar para o banco no futuro”, declarou a presidente do NDB, Dilma Rousseff, ao sublinhar o carácter confidencial das negociações em curso.

De acordo com a responsável máxima do banco, “a entrada dos novos membros insere-se numa estratégia institucional voltada para uma maior representatividade do Sul Global nas finanças multilaterais e para o reforço da arquitetura alternativa aos mecanismos tradicionais liderados por economias ocidentais”.

Em relação à estratégia de investimento, a carteira de projectos do NDB atingiu a marca de 40 biliões de dólares em financiamentos aprovados desde sua criação, distribuídos em 122 iniciativas estratégicas, com 22,4 biliões de dólares já efectivamente desembolsados. No caso específico do Brasil, os investimentos somam 2,3 biliões de dólares, abrangendo áreas tão diversas quanto infra-estrutura logística, energia limpa e modernização do sistema de saúde.

Com sede em Xangai, o Novo Banco de Desenvolvimento tem como missão o financiamento de projectos de infra-estrutura e desenvolvimento sustentável nos países-membros, funcionando como uma alternativa ao Banco Mundial e ao FMI, com critérios mais “flexíveis” e orientados para as necessidades das economias em desenvolvimento.

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