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Inflação chinesa desacelera pelo quarto mês consecutivo

Bernardo Bunga

9 Junho, 2025 - 12:30

Bernardo Bunga

9 Junho, 2025 - 12:30

A inflação ao consumidor na China registou desaceleração em Maio, pressionada por uma deflação nos preços de energia e alimentos, segundo dados oficiais divulgados nas primeiras horas desta segunda-feira. Ao mesmo tempo, o índice de preços ao produtor manteve sua trajectória negativa, aprofundando a tendência de deflação na porta das fábricas, em um reflexo das persistentes fragilidades da demanda interna e do ambiente económico desafiador

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da China manteve-se em terreno negativo em Maio do ano em curso, com recuo de 0,1% na comparação anual e de 0,2% na comparação mensal, correspondendo ao quarto mês consecutivo de declínio, segundo os dados divulgados nesta segunda-feira (09) pelo Departamento Nacional de Estatísticas (DNE) chinês.

O núcleo do IPC, uma medida alternativa da inflação que exclui itens cujos preços são considerados voláteis ou sujeitos a choques temporários, avançou 0,6% em Maio face ao ano anterior, marcando a maior alta desde Janeiro e superando os aumentos de 0,5% registados nos dois meses anteriores.

A aceleração do núcleo inflacionista é indicativa de pressões subjacentes que persistem em alguns segmentos da economia chinesa, sobretudo nos serviços cujos preços, no mês passado, aumentaram 0,5% em relação ao mesmo mês do ano passado.

Por outro lado, os preços dos alimentos recuaram 0,4% em termos anuais, colaborando com o arrefecimento geral do IPC. Os preços de bens de consumo também seguiram essa tendência, caindo 0,5%, enquanto os preços dos itens não alimentícios apresentaram estabilidade.

A divulgação dos dados da inflação chinesa ocorre em um momento politicamente sensível para Pequim, um dia antes da reunião bilateral entre autoridades do País e representantes do alto escalão dos Estados Unidos. O encontro, marcado para esta segunda-feira (9), em Londres, reunirá delegações dos dois países para discutirem temas centrais da relação económica-bilateral, com destaque para a possível renegociação de tarifas comerciais.

Do lado norte-americano, participarão Scott Bessent, secretário do Tesouro, e Howard Lutnick, secretário do Comércio. A presença simultânea dos dois principais nomes da política económica dos EUA dá peso às conversas, em meio a uma tentativa de reequilibrar o comércio bilateral diante das crescentes comerciais.

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