Preventivamente “afastar do exercício de funções ou de responsabilidades pastorais quem deve ser afastado”. O Presidente da República não tem dúvidas de que devem ser aplicadas medidas cautelares – “e quanto mais depressa melhor”- nos casos de suspeitas de abusos sexuais na Igreja Católica.
Explicação? “É uma questão tão óbvia, tão óbvia, tão óbvia de prevenção e tomada de medidas cautelares para acautelar possíveis novas vítimas e acautelar os próprios eventualmente envolvidos, que penso que uma reflexão atenta levará a que se faça aquilo que num primeiro momento, a meu ver incompreensivelmente, não se fez”.
Em Gondomar, à margem do Congresso Extraordinário da Liga dos Bombeiros Portugueses, Marcelo Rebelo de Sousa insistiu: “há coisas que têm de ser feitas e quanto mais depressa melhor”
Soluções? A primeira medida imediata é “não se demorar mais tempo em tudo o que não se pode perder tempo”; “Segundo, assumir a responsabilidade plena”; “Terceiro tomar medidas preventivas, o que significa afastar do exercício de funções ou de responsabilidades pastorais quem deve ser afastado por essas medidas preventivas e mostrar a vontade de reparar as vítimas”.
Mas, não ficar por aqui porque “é evidente que a preocupação em relação ao futuro deve existir porque é um problema nacional”.
No relatório, a Comissão Independente para o Estudo dos Abusos Sexuais contra as Crianças na Igreja Católica Portuguesa, alertou que os dados recolhidos nos arquivos eclesiásticos sobre a incidência dos abusos sexuais devem ser entendidos como a “ponta do iceberg”.