O rumo progressivo da dívida pública portuguesa prolonga-se há cinco meses consecutivos. O Banco de Portugal informou, nesta segunda-feira (02), que o stock da dívida pública registou um agravamento de 2,59 mil milhões de euros (US$ 2,95 mil milhões) em Abril, fixando-se num novo recorde absoluto de 280,9 mil milhões de euros (US$ 319,99 mil milhões).
Este movimento, que acentua a tendência de agravamento da dívida do Estado, registou uma nova escalada em Abril do corrente ano, ultrapassando a barreira simbólica dos 97% do Produto Interno Bruto (PIB). Este aumento sucede ao rácio de 96,3% verificado no primeiro trimestre do mesmo período.
Ainda segundo o Banco Central, o aumento global do endividamento reflectiu-se, em larga medida, no acréscimo dos títulos de dívida soberana, que observaram uma valorização de 2,3 mil milhões de euros (US$ 2,62 mil milhões). A este movimento ascendente somou-se ainda o reforço da procura por Certificados de Aforro, cujo montante subscrito cresceu 500 milhões de euros.
No entanto, este avanço foi parcialmente mitigado por uma retracção simultânea nos empréstimos e nos Certificados do Tesouro, ambos com quebras na ordem dos 100 milhões de euros (US$ 113,92 milhões), o que revela um ajustamento interno na preferência pelos instrumentos de financiamento disponíveis ao Estado.
Os dados da instituição responsável pela política monetária de Portugal revelam que, desde Outubro do ano passado, o stock da dívida pública tem registado aumentos homólogos ininterruptos. Nos últimos cinco meses, por quatro ocasiões, esse crescimento tem ficado acima dos 3%.
Portugal que já foi o maior parceiro comercial de Angola, tem visto esta parceria em queda há mais de uma década. Em 2024 as importações provenientes de Portugal totalizaram US$ 1,34 mil milhões, traduzindo-se numa queda de 69,48% em comparação a 2014 quando os produtos e serviços de proveniência portuguesa fixaram-se em US$ 4,37 mil milhões.