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Três anos depois, Moçambique está fora da lista cinzenta do GAFI ‎

Bernardo Bunga

24 Outubro, 2025 - 15:55

Bernardo Bunga

24 Outubro, 2025 - 15:55

Moçambique inscreveu, esta sexta-feira (24), uma nova página na sua trajectória financeira internacional ao ser oficialmente removido da Lista Cinzenta do Grupo de Acção Financeira Internacional (GAFI), pondo fim a um ciclo de três anos sob escrutínio reforçado

‎‎O anúncio foi formalizado durante a sessão plenária do organismo global de combate ao branqueamento de capitais e ao financiamento do terrorismo, um momento considerado “histórico” pelas autoridades moçambicanas.

‎Moçambique, que desde 2022 figurava na lista cinzenta do Grupo de Acção Financeira Internacional (GAFI), superou um dos períodos mais delicados da sua credibilidade financeira global. A inclusão nesta categoria, que implica vigilância reforçada, resultou de fragilidades identificadas nos mecanismos de prevenção e combate ao branqueamento de capitais e ao financiamento do terrorismo, áreas consideradas sensíveis para a integridade do sistema financeiro internacional.

‎Durante os três anos de monitoria, o país foi instado a implementar um conjunto rigoroso de reformas estruturais, entre elas o fortalecimento da Unidade de Informação Financeira (UIF), a melhoria dos sistemas de supervisão bancária e o alinhamento das práticas nacionais aos padrões internacionais de transparência. O cumprimento progressivo dessas exigências permitiu ao país reconquistar a confiança dos parceiros multilaterais e das instituições financeiras estrangeiras.

‎Segundo o Governo, esta conquista reflecte um esforço colectivo que envolveu o Estado, o sector privado, a sociedade civil e os cidadãos, num exercício de coordenação, transparência e compromisso nacional. “Este é um marco que não pertence a um sector, a uma instituição ou a um grupo. Pertence a todos nós, moçambicanos e moçambicanas, que acreditamos na força da integridade, da persistência e da união”, destacou a ministra das Finanças, Carla Louveira, citado pelo Evidências.

‎“Hoje celebramos, mas também reflectimos. O futuro exigirá de nós mais unidade, mais disciplina e mais sentido de Estado. Devemos manter a coesão institucional e o compromisso com a transparência e o desenvolvimento sustentável”, acrescentou a titular das Finanças.

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