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UE adota mais um pacote de sanções à Rússia

LUSA

23 Outubro, 2025 - 09:24

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23 Outubro, 2025 - 09:24

O 19.º pacote de sanções da União Europeia contra a Rússia inclui um bloqueio total das importações de GNL russo a partir de 1 de janeiro de 2027, novas restrições financeiras que proíbem transações com bancos russos e instituições em países terceiros e medidas contra os sistemas de pagamento russos

A União Europeia (UE) adotou esta quinta-feira o 19.º pacote de sanções à Rússia, após o levantamento do bloqueio eslovaco, anunciou a chefe da diplomacia comunitária, vincando ser cada vez mais difícil à Rússia financiar guerra contra a Ucrânia.

“Acabámos de adotar o nosso 19.º pacote de sanções, que visa bancos russos, bolsas de criptomoedas, entidades na Índia e na China, entre outros. A UE está a restringir os movimentos dos diplomatas russos para combater as tentativas de desestabilização”, bem como a dar passos para proibir o gás natural liquefeito (GNL) russo, revelou no X a Alta Representante da União para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança.

“É cada vez mais difícil para Putin financiar esta guerra”, concluiu Kaja Kallas, numa adoção que foi possível após a Eslováquia ter levantado o seu veto relacionado com as suas importações energéticas e a sua economia dependente do gás russo.

O 19.º pacote de sanções da União Europeia contra a Rússia inclui um bloqueio total das importações de GNL russo a partir de 1 de janeiro de 2027, novas restrições financeiras que proíbem transações com bancos russos e instituições em países terceiros e medidas contra os sistemas de pagamento russos.

Também através do X, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, apontou que, com a aprovação de hoje pelos 27 Estados-membros (no Conselho), a UE “continua a exercer forte pressão sobre o agressor”.

“Pela primeira vez, estamos a atingir o setor do gás da Rússia, o coração da sua economia de guerra. Não cederemos até que o povo da Ucrânia tenha uma paz justa e duradoura”, salientou Ursula von der Leyen.

Já a presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, realçou no X a “maior pressão sobre a Rússia”.

“A adoção do 19.º pacote de sanções da UE é mais um passo crucial no sentido de nos afastarmos dos combustíveis fósseis russos. Temos de garantir que o impacto das sanções seja máximo e que todas as lacunas sejam colmatadas [pois] não se trata apenas de apoiar a Ucrânia, [mas] da segurança coletiva”, referiu ainda a líder da assembleia europeia.

O pacote visa também a chamada “frota fantasma” russa — com mais de 118 navios sancionados — e impõe limites à exportação de tecnologias sensíveis, como inteligência artificial, dados geoespaciais e componentes metálicos críticos.

Além disso, empresas da China, da Índia e de outros países que apoiem a indústria militar russa também foram incluídas nas sanções.

A Rússia invadiu a Ucrânia em fevereiro de 2022 e, desde então, Kiev tem contado com o apoio da comunidade internacional, sobretudo da UE, com pesadas sanções a Moscovo para enfraquecer severamente a economia russa e punir os responsáveis pelo conflito.

OBS:

A Lusa escreve seguindo o novo Acordo Ortográfico, em vigor no Brasil e em Portugal, documento não subscrito por Angola.

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