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UE pondera “sabotar economia da Hungria” para forçar o país a aprovar ajuda militar a Kiev

Financial Times

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29 Janeiro, 2024 - 12:53

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O Telegrama

29 Janeiro, 2024 - 12:53

Segundo um documento consultado pelo Financial Times, Bruxelas delineou uma estratégia para visar as fraquezas económicas da Hungria, como colocar em risco a sua moeda e causar um colapso na confiança dos investidores, em uma tentativa de prejudicar o emprego e o crescimento económico do país, de modo que Budapeste reconsiderasse a sua decisão de fornecer fundos da UE à Ucrânia

A União Eurpeia (UE) estuda cessar todo o financiamento à Hungria caso o governo do país não concorde em levantar seu veto ao fornecimento de ajuda militar a Kiev pelo bloco, em uma cúpula marcada para ocorrer a 1 de Fevereiro, em Bruxelas. A informação foi divulgada pelo jornal Financial Times.

Em Dezembro de 2023, a Hungria vetou a ampliação do orçamento da UE para 2024-2027 para acomodar 50 bilhões de euros em ajuda macrofinanceira à Ucrânia. Na ocasião, o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, disse aos jornalistas que esperava que os líderes da UE aprovassem por unanimidade a ajuda financeira à Ucrânia no início de 2024, com a próxima cúpula extraordinária.

Segundo um documento acessado pelo Financial Times, Bruxelas delineou uma estratégia para atacar as fraquezas económicas da Hungria, colocar em risco a sua moeda e causar um colapso na confiança dos investidores, em uma tentativa de prejudicar o emprego e o crescimento económico do país, de modo que Budapeste reconsiderasse a sua decisão de fornecer fundos da UE à Ucrânia.

Sem o financiamento, “os mercados financeiros e as empresas europeias e internacionais poderão estar menos interessados ​​em investir na Hungria” e tais medidas “poderiam desencadear rapidamente um novo aumento no custo de financiamento do déficit público e uma desvalorização da moeda”, acrescenta o jornal.

Além disso, de acordo com o jornal, o documento do Conselho da UE expôs as vulnerabilidades económicas da Hungria, incluindo o seu déficit público muito elevado, a inflação, a moeda fraca e os maiores pagamentos da dívida em proporção do PIB na UE. O documento destaca também que o emprego e o crescimento da Hungria dependem, em grande medida, do financiamento estrangeiro, que se baseia em elevados níveis de financiamento da UE.

O ministro húngaro para os Assuntos da UE, Janos Boka, disse ao jornal que Budapeste enviou uma nova proposta a Bruxelas no sábado (27) para chegar a um consenso, dizendo que o governo estava, agora, aberto a usar o orçamento da UE para a ajuda à Ucrânia se fossem adicionadas outras cláusulas que dariam a Budapeste a oportunidade de mudar sua decisão mais tarde.

Boka acrescentou ainda que se a tentativa de chegar a um consenso falhar, Budapeste dará preferência à proposta inicial da Hungria de criar um fundo separado para a Ucrânia fora do orçamento da UE.

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