A decisão consta do acórdão do TRL, revela a agência portuguesa Lusa.
Esta decisão, que agrava uma decisão anterior contra o banqueiro português, que já foi um dos homens mais influentes nos sectores políticos e financeiro angolano, está relacionado ao processo Operação Marquês, no qual o ex-banqueiro foi condenado na primeira instância, em março de 2022, a seis anos de prisão efectiva por três crimes de “abuso de confiança”.
O Ministério Público português tinha pedido, para o antigo líder do BES, uma pena não inferior a 10 anos de prisão, enquanto a defesa tinha exigido a absolvição de Ricardo Salgado, realçando os seus 77 anos e o diagnóstico de Doença de Alzheimer.
Ricardo do Espírito Santo Silva Soprano Salgado, o banqueiro que arruinou banco com mais 145 anos, esteve acusado de 21 crimes no processo Operação Marquês, mas, na decisão instrutória proferida em 09 de abril de 2021, o juiz Ivo Rosa deixou cair quase toda a acusação que era imputada ao arguido.
O ex-banqueiro acabou pronunciado por apenas três crimes de abuso de confiança, devido a transferências de mais de 10 milhões de euros, para um julgamento em processo separado.
A queda do Grupo Espírito Santo tem as suas ramificações em Angola, envolvendo antigos gestores do BESA, actual Banco Económico.