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Aliados da OPEP+ anunciam aumento na produção de petróleo a partir de Julho

Bernardo Bunga

2 Junho, 2025 - 11:30

Bernardo Bunga

2 Junho, 2025 - 11:30

Após meses de incremento gradual na oferta petrolífera, iniciado em Abril como resposta calibrada às pressões do mercado e à recuperação da demanda global, Rússia e outros seis membros da aliança OPEP+ anunciaram, neste sábado, 31 de Maio, a decisão de intensificar esse processo com um novo aumento na produção de petróleo a partir de Julho

Na intenção de influenciar o mercado global de petróleo, os principais países produtores anunciaram um aumento na produção de barris diários. Segundo comunicado de imprensa divulgado no último sábado, a produção adicional será de 411 mil barris por dia, repetindo os níveis de crescimento observados em Maio e Junho deste ano. Volume que representa três vezes mais do que o inicialmente previsto pelas autoridades energéticas.

Este aumento ocorre em paralelo aos cortes voluntários implementados por um grupo selecto de países-membros e aliados da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus parceiros (OPEP+), como parte de um processo para sustentar os preços internacionais do petróleo bruto.

Desde os últimos anos, Arábia Saudita, Rússia, Iraque, Emirados Árabes Unidos, Kuwait, Cazaquistão, Argélia e Omã têm actuado em conjunto para reduzir a oferta global, com cortes adicionais que somam 2,2 milhões de barris por dia.

No início do ano, as autoridades do sector energético haviam adoptado uma abordagem cautelosa: promover uma reintrodução gradual da oferta de petróleo no mercado global, num esforço coordenado para evitar choques de preços e garantir uma transição estável após um período prolongado de contenção.

A estratégia previa um retorno progressivo aos níveis pré-crise, calibrado cuidadosamente em função da recuperação da demanda global e dos indicadores macroeconómicos.

A reviravolta teve efeitos quase imediatos. A injecção de volumes adicionais no mercado global resultou em uma pressão descendente sobre os preços. Em poucas semanas, a cotação do barril despencou para a casa dos 60 dólares, o nível mais baixo registado nos últimos quatro anos.

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