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BAD prevê que economia angolana cresça 4,3% em 2025

Antunes Zongo

2 Agosto, 2024 - 18:25

Antunes Zongo

2 Agosto, 2024 - 18:25

Relatório de 42 páginas do banco de desenvolvimento do continente, liderado pelo nigeriano Akinwumi Adesina, constata que Angola ainda é uma nação de rendimento médio baixo e sugere a melhoria do seu capital humano e o aumento da produtividade, como formas de se mitigarem os impactos negativos gerados por diferentes fenómenos, como as alterações climáticas

O Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) prevê, no seu relatório denominado “Country Focus Report – Angola 2024”, publicado no dia 31 de Julho, que a economia angolana deverá crescer 4,3% até 2025. Este crescimento terá como factor a permanência dos preços do ouro negro na banda de US$ 79, e o sector não petrolífero responda positivamente às “amplas reformas introduzidas pelo Governo” a partir do ano económico transacto.

A previsão optimista da organização africana sediada em Abijã, capital da Côte D’Ivoire, é de longe superior ao crescimento obtido em 2023, que foi de 0,9%, que também esteve muito abaixo do resultado do período homólogo, altura em que o País cresceu 3%.

A desaceleração registada “foi causada por atrasos em reparos críticos que reduziram a produção de petróleo, enquanto o sector não petrolífero foi afectado por interrupções nos insumos importados”, lê-se no relatório.
Para este ano, o BAD espera que o crescimento angolano permaneça em 2,7%, mas com previsão de crescimento gradual no exercício económico seguinte.

Embora figure como um dos maiores produtores de petróleo em África, Angola mantém-se como um País de rendimento médio baixo. O Banco Africando de Desenvolvimento sublinha que, para alcançar o estatuto de nação de rendimento médio, será preciso “reforçar o capital humano e aumentar a sua produtividade, particularmente em sectores críticos como a agricultura, a indústria transformadora e os serviços”, bem como melhorar a média por ano de início escolar, além de quebrar aquilo a que chamou de “grande lacuna” entre as taxas de alfabetização de homens e mulheres.

As alterações climáticas foram, igualmente, apontadas como um dos pontos desestabilizadores da economia angolana.

“Angola já está a sofrer graves impactos negativos do clima, com inundações incessantes em Luanda, agravadas por infra-estruturas precárias, crescimento urbano descontrolado, e secas mais prolongadas e escassez de água em várias províncias”, lê-se no Country Focus Report- Angola, no qual os experts sublinham que as autoridades se devem juntar aos demais países africanos para, em conjunto, puderem influenciar a natureza e a forma da actual arquitectura financeira internacional.

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