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China lidera transição energética, África luta para acompanhar

Bernardo Bunga

25 Junho, 2025 - 17:02

Bernardo Bunga

25 Junho, 2025 - 17:02

Em apenas doze anos, entre 2013 e 2024, a capacidade global instalada de energias renováveis mais do que duplicou, sinalizando uma viragem estrutural no paradigma energético mundial

A Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA) revela que houve um salto quantitativo da capacidade global instalada de energias renováveis, impulsionado, em grande medida, por metas climáticas, inovação tecnológica e novos modelos de financiamento.

No entanto, por detrás deste crescimento impressionante, esconde-se uma realidade assimétrica, sublinhando que, enquanto o continente europeu se destaca pela consolidação de infra-estruturas verdes, é na China onde se observa a mais frenética expansão do sector energético, espelhando as disparidades regionais profundas no ritmo e na escala da transição energética global.

As informações do relatório indicam que, enquanto o investimento e a capacidade instalada de energias renováveis avançam rapidamente na Europa e na Ásia, outras regiões do mundo enfrentam uma realidade bastante diferente. América do Sul, América Central, Oriente Médio e África permanecem significativamente atrás no processo de transição energética global, tanto em termos de infra-estrutura já instalada quanto de ritmo de crescimento observado ao longo dos últimos 12 anos.

Os dados da Agência mostram que essas regiões não apenas iniciaram a transição com menor capacidade instalada como também não registaram avanços acima da média durante o período analisado.

Apesar dos avanços significativos em diversas regiões do mundo, os dados mais recentes da Agência Internacional de Energia revelam que o caminho rumo a um sistema energético sustentável continua longo e desigual. Países da Ásia e Oceania, excluindo a China, destacaram-se nos últimos anos, ao apresentarem um crescimento de 180% na sua capacidade instalada de energias renováveis em comparação com os níveis de 2013, superando, inclusive, a América do Norte em megawatts instalados.

Em termos globais, a transição já mostra sinais visíveis no sector eléctrico. Em 2024, aproximadamente, 40% da electricidade produzida mundialmente derivava de fontes renováveis. Em 2023, menos de 15% da energia total consumida no planeta teve origem em fontes renováveis.

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Bernardo Bunga

EDITOR DE ECONOMIA & OIL

Bernardo Bunga é Editor de Economia & Oil no O Telegrama e possui mais de 5 anos de experiência em análise económica e planeamento financeiro. Licenciado em Economia pela Universidade Católica de Angola (UCAN), detém, também, o bacharel em Gestão Financeira pela Faculdade de Economia da Universidade Agostinho Neto (UAN). Fez parte da equipa de consultores que prestou consultoria ao Banco Mundial, ao Ministério do Planeamento e ao Ministério das Finanças para a harmonização de salários e subsídios dos projectos da representação em Angola do Banco Mundial. Actuou como consultor na Global Education e na Knowledge – Consultores & Auditores. Possui formações em planeamento e estratégia de tomada de decisão, teoria das restrições – Lean e Six Sigma (TLS), Excel Avançado e Análise de Dados.
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