A diversidade e a escala internacional da quarta edição da Expo Económica e Comercial China-África demonstram a ambição do evento em se consolidar como plataforma estratégica para o aprofundamento das relações Sul-Sul.
Segundo informaram os organizadores durante colectiva de imprensa realizada pelo Departamento de Informação do governo da Província de Hunan, citado pela agência de notícias oficial do governo chinês, Xinhua, a exposição reunirá delegações provenientes de 48 países africanos, representantes de nove organizações internacionais e participantes oriundos de 27 regiões provinciais chinesas.
Mais de 4.700 entidades, entre empresas, associações comerciais e instituições financeiras da China e do continente africano, confirmaram presença na feira.
Sob o lema “China e África: Juntos Rumo à Modernização”, o evento será realizado entre os dias 12 e 15 de Junho do ano em curso, na cidade de Changsha, capital da Província de Hunan, situada na região central da China, tradicionalmente reconhecida como um pólo de cooperação económica e tecnológica com a África.
Desde a sua inauguração, em 2019, a Expo Económica e Comercial China-África cimentou-se como um vector da dinâmica diplomática económica chinesa no continente berço, funcionando como um mecanismo de articulação concreta entre políticas de cooperação e investimentos directos.
Ao longo de suas edições anteriores, o evento viabilizou a assinatura de 336 projectos de cooperação bilateral, cujo valor acumulado ultrapassa os US$ 53,32 biliões, indicador expressivo da crescente institucionalização das parcerias sino-africanas em sectores-chave como infraestrutura, agricultura, energia e inovação tecnológica.
Segundo dados oficiais, o comércio entre Hunan e a África tem ocupado, há anos, o primeiro lugar entre as regiões do centro e oeste da China, saltando de 18,16 bilhões de yuans (US$ 2,64 biliões) em 2018 para 54,85 bilhões de yuans (US$ 7,6 biliões) em 2024.