O relatório de Índice de Preço dos Bens de Exportação e de Importação (IPEI), divulgado pelo Instituto Nacional de Estatística de Angola (INE), indica que os preços dos bens exportados tiveram uma variação de 7,66% em Junho, contra a queda de 2,43% verificada nos preços de exportação no mês de Maio.
O documento do INE espelha que a variação verificada nos preços dos bens exportados entre Maio e Junho foi influenciada pelos combustíveis minerais, que tiveram uma variação mensal de 7,52%, representando um aumento de 7,36 p.p e pérolas, pedras e metais preciosos, bijuterias (16,16%), um incremento de 0,30 p.p., sendo que estes dois bens foram os únicos a registarem aumento num grupo de dezoito (18) produtos exportados.
Em termos homólogos, isto é, de Junho de 2024 a Junho de 2025, os preços dos bens de exportação caíram, registando uma variação negativa de 8,99%, o que representa um declínio anual de 41,49 pontos percentuais (p.p), quando comparado com os 32,5% do igual período do ano passado.
Em doze (12) meses, bens como pérolas, pedras e metais preciosos, bijuterias com uma variação negativa de 28,84%, pele e couros (-26,36%) e produtos químicos (-16,92%), foram os produtos responsáveis pela redução homóloga do preço. Enquanto os produtos agrícolas e animais vivos tiveram a maior variação dos preços de 33,25%, seguidos dos minerais e minérios com 15,75% e dos produtos alimentares (14,85%).
No entanto, os preços dos bens importados seguiram uma trajectória contrária. A balança comercial no período em análise mostra que houve uma variação negativa de 3,16% no sexto mês do corrente ano, traduzindo-se numa diminuição de 7,53 p.p. em relação aos preços registado no mês anterior (4,37%).
“Entre os principais grupos de produtos que contribuíram negativamente para variação negativa dos preços de importação destacam-se: produtos alimentares com 1,49 ponto percentual, máquinas e aparelhos com -1,20 ponto percentual e produtos químicos com 0,49 ponto percentual”. Lê-se no documento.
O documento destaca ainda que as bebidas alcoólicas e tabacos com 0,13 p.p., seguidos por veículos e outros meios de transporte com 0,11 p.p. e madeira e cortiça (0,07 p.p.) destacam-se como os produtos que tiveram maior variação de preços na importação global de bens.