O crédito bruto ao sector real da economia registou um recuou de 1,43% em Julho do corrente ano para AOA 1,31 biliões (US$ 1,4 mil milhões) face a AOA 1,32 biliões (US$ 1,6 mil milhões) desembolsados no período homólogo do ano transacto.
De acordo com a Nota de Informação Estatística sobre o Crédito, elaborada pelo Banco Nacional de Angola (BNA), a origem do recuou tem que ver com a contração dos recursos alocados no subsector da agricultura, produção animal, caça, floresta e pesca, que teve uma queda de AOA 137 mil milhões, ao contabilizar AOA 294,72 mil milhões (US$ 335 milhões).
Entretanto, o BNA dá ainda nota de que, relativamente ao total do crédito concedido, no âmbito do Aviso n.º 10/2022 para o fomento do sector real, os números cifraram-se em AOA 1,12 biliões (US$ 1,2 mil milhões), representando 85,93% do total de crédito concedido. Na comparação homóloga, observa-se um aumento significativo de AOA 179,38 mil milhões (US$ 204 milhões), impulsionado principalmente pelo financiamento de projectos no subsector da indústria transformadora.
O subsector de indústrias transformadoras, à semelhança de outros períodos, continuam a ser o maior beneficiário. A estes sectores foram canalizados AOA 651,30 mil milhões (US$ 742 milhões). O subsector de indústrias extractivas contabilizou 361,96 mil milhões (US$ 412 milhões).
Em Julho, segundo relato da entidade responsável pela estabilidade do sistema financeiro, o stock de crédito à economia fixou-se em AOA 5 biliões (US$ 5,7 mil milhões), ao passo que o crédito bruto ao sector não financeiro cifrou-se em AOA 6,8 biliões (US$7,7 mil milhões), representando um aumento de 18,2% para 1 06 biliões (US$1,2 mil milhões), no comparativo com o mês de Julho de 2023.