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Engenheira angolana no congresso mundial da energia

25-04-2024 7:27

José Praia

Jornalista

25-04-2024 7:27

José Praia

Jornalista

Entre os temas em agenda no maior evento global sobre a energia está a transição energética, um assunto que diverge opiniões entre as grandes potências produtoras de petróleo

A engenheira e mestranda em Sistemas e Tecnologias de Transição Energética, Alda Manuel, é o rosto que, desde terça-feira, representa Angola no 26.º Congresso Mundial de Energia, que termina nesta quinta-feira (25).

A especialista angolana em energias renováveis representa o País na qualidade de Future Energy Leader, um título que lhe foi recentemente atribuído pelo Conselho Mundial de Energia (World Energy Council).

Essa é a primeira vez que Angola participa neste magno evento, que se estima tenha atraído pouco mais de 7 mil profissionais da indústria energética de todo o mundo, entre mais de 3 mil organizações membros e mais de 100 países.

Entre outros temas, o evento está abordar a questão das infra-estruturas de energia, as parcerias público-privadas no sector, os combustíveis alternativos, bem como a transição energética, sendo que estes dois últimos temas são os que têm gerado divergência entre as potências produtoras de petróleo.

Por exemplo, o mundo ocidental, com os Estados Unidos da América à testa, defende uma aceleração para o fim dos subsídios para o desenvolvimento de projectos de petróleo e gás, visando reduzir a sua exploração face aos seus efeitos ao planeta, e concordam em alinhar suas instituições financeiras públicas com o objectivo do Acordo de Paris, que visa limitar o aquecimento global a 1,5°C acima dos níveis pré-industriais.

Esta abordagem tem encontrado resistência da Arabia Saudita, país líder da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), da qual Angola abdicou.

Alda Manuel refere que a prioridade para Angola é “a instalação de soluções descentralizadas e a atracção de investimentos privados para o sector”. Ainda em nota, Alda Manuel recorda sobre a “agenda nacional de Angola 2050”, e sublinha ser “fundamental que as empresas e os profissionais angolanos participem nestes eventos”, para que o País possa “avançar no sector energético e contribuir para a comunidade energética global”.

Sobre Alda Manuel

A engenheira foi destacada no ano passado como uma “personalidade em ascensão no sector da energia” pela Câmara de Comércio do Reino Unido em cooperação com a Azule Energy. E conta com um portfólio de participação em projectos híbridos de 2GW, consultorias privadas em projectos como o Business Ready (B-READY), Africa Energy Market Place (AEMP), Global Hydrogen Diplomacy (H2diplo), além de ser membro de direcção da Associação Angolana de Energias Renováveis (ASAER) e dirige um projecto denominado Tchossi Academic com fins educativos.

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