O FAS – Instituto de Desenvolvimento Local, entidade pública concebida para monitorar e apoiar as famílias comprovadamente carenciadas, desembolsou, de 30 de Maio a 2 de Junho, pouco mais de 60,5 milhões de kwanzas, em ajuda às famílias em condição de vulnerabilidade, das regedorias do Quiluango, Nzadi e Nsundi, adstritas à comuna do Quivuenga, no Songo, província do Uíge.
Os dados foram apresentados pelo director do FAS naquela circunscrição, Nanizaiawo Capitão, à equipa de reportagem do O Telegrama, que, desde a semana passada, acompanha os técnicos da entidade, que têm palmilhado aldeias e povoações recônditas da província do Uíge, visando monitorar e assistir mais famílias.
Por exemplo, entre o dia de ontem e hoje, estão a ser assistidas as famílias já seleccionadas, residentes no município sede do Songo, cujo montante financeiro implicado ainda não foi revelado, tendo em conta que a quantidade de dinheiro a ser pago dependerá do número de famílias que estiverem disponibilizadas no momento.
Entre os 93 bairros e aldeias mais pobres e vulneráveis que compõem o município do Songo, foram seleccionados mais de 12.075 agregados familiares que, combinados, de acordo com a estimativa, deverão beneficiar de pouco mais de 846 milhões 974 mil kwanzas.
De referir que, do total das famílias seleccionadas, 11.519 deverão receber a quarta e a quinta prestações, somando 66 mil kwanzas por família; ao passo que 152 recebem a segunda até a quinta prestações, perfazendo 132 mil kwanzas.
Outras 404 famílias devem receber a primeira até a quinta prestações, no valor de 165 mil kwanzas, por nunca terem recebido, por ausência ou erro de exclusão.
O presente projecto governamental de apoio às famílias carenciadas, denominado Kwenda (Programa de Fortalecimento da Protecção Social), que conta com a colaboração política e financeira do Banco Mundial, foi lançado em 2020, com a fase piloto do projecto que decorreu nos municípios de Ombadja (Cunene), Cacula (Huíla), Cambundi Catembo (Malanje), Cuito Cuanavale (Cuando Cubango) e Nzeto (Zaire).
Dados de 2023 indicam que das 1,6 milhões de famílias cadastradas, o projecto já beneficiou mais de 600 mil, com um desembolso de 100 milhões de dólares financiados pelo Banco Mundial e pelo Governo angolano.