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FMI revisa em queda o PIB angolano de 3% para 2,4% em 2025

José Praia

14 Maio, 2025 - 22:29

José Praia

14 Maio, 2025 - 22:29

A avaliação foi realizada por uma equipa do Fundo Monetário Internacional liderada pela conselheira Mika Saito, que visitou a capital Luanda entre 6 e 12 de Maio para conduzir a avaliação pós-financiamento (PFA) de Angola, que será elaborada num relatório a ser discutido no Conselho Executivo do FMI em Julho de 2025. A nova revisão está abaixo de 3,5% e 4,1% das projecções do BNA e do Governo

A projecção preliminar de crescimento para Angola em 2025 foi revisada de 3% para 2,4%, após consulta bilateral entre o FMI e o Ministério das Finanças, no âmbito do artigo IV de 2024 (revisão sobre a evolução da economia e as políticas económicas de um país-membro do FMI).

Um documento do departamento das comunicações da entidade, publicado, ontem, terça-feira (13), alerta que “essa revisão em baixa da perspectiva do crescimento da economia de Angola também representa riscos para o desempenho fiscal, enquanto a inflação deve continuar o seu declínio gradual”.

Em contradição, o Banco Nacional de Angola (BNA) projectou o crescimento do PIB para 3,5% este ano, enquanto o Ministério das Finanças projectou para 4,1% pautada no Orçamento Geral do Estado (OGE), assumindo que será impulsionado pela recuperação do sector petrolífero e mais rápido pelo sector não petrolífero.

Apesar da revisão em baixa do crescimento da economia de Angola para este ano, a equipa pertencente à Bretton Woods está “confiante” na determinação das autoridades nacionais em “conterem os riscos emergentes e identificarem medidas de mitigação essenciais para preservar a estabilidade macroeconómica e a sustentabilidade da dívida, protegendo simultaneamente os mais vulneráveis e a dinâmica de crescimento”

Entretanto, embora tenha revisto em queda, a equipa de Mika Saito reconheceu que “a economia de Angola experimentou uma recuperação robusta, impulsionada tanto pela produção de petróleo quanto por uma recuperação no sector não petrolífero”, tendo em atenção que “o crescimento real do PIB atingiu 4,4%, superando as projeções anteriores”.

“Embora a inflação permaneça elevada, as pressões inflacionárias também diminuíram um pouco nos primeiros meses de 2025”, lê-se no documento do FMI.

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