Terminou a reunião dos líderes dos países mais industrializados do mundo, integrado pelos Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, França, Alemanha, Itália e Japão, reunidos durante três dias, de 13 a 15 de Junho, em Apulia, sul de Itália.
No documento final que resume as conclusões do encontro, divulgado na noite de ontem, sexta-feira (14), além de os líderes do G7 terem fechado um acordo destinado à Ucrânia de 50 bilhões de dólares, foi também aprovado um pacote de financiamentos destinados ao Projecto Global de Investimentos para Infra-estruturas (PGII), ratificando, deste modo, o compromisso com a implementação da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável.
Entre os projectos emblemáticos e iniciativas complementares para desenvolver corredores económicos transformadores para infra-estruturas e investimentos de qualidade, está o Corredor do Lobito, que abrange, para além de Angola, a República Democrática do Congo e a Zâmbia, ligados pelos Caminhos-de-Ferro de Benguela (CFB).
Trata-se, na verdade, de um investimento que compreende quatro eixos fundamentais, nomeadamente investimento na infra-estrutura eléctrica; investimento na melhoria da rede de telefonia móvel e expansão da conexão em 5G; construção de 180 pontes e melhoria dos caminhos-de-ferro. O quarto eixo tem a ver com “o financiamento da construção e aquisição de infra-estrutura para o armazenamento de produtos alimentares”, iniciativa desenvolvida e coordenada pelo Grupo Carrinho, que, em comunicado de imprensa, assinala que se trata de uma iniciativa que transformará o país no “principal hub alimentar da região”.
“Esta decisão do G7 é um motivo de muito orgulho e satisfação para o nosso país e, em particular, para a nossa organização, que está empenhada em alinhar a sua actividade com a visão do G7, promovendo os pequenos agricultores e garantir a segurança alimentar em paralelo com a inclusão social e financeira”, lê-se no comunicado divulgado pelo conglomerado empresarial fundado por Leonor Carrinho.
Durante a reunião dos líderes do G7, a Itália comprometeu-se em mobilizar recursos para o desenvolvimento do Corredor do Lobito, num montante estimado em, aproximadamente, 320 milhões USD.
Para além do Corredor do Lobito, os líderes do G7 comprometeram-se em apoiar outros projectos de infra-estruturas em milhares de milhões de dólares para mudar a face de África.
Refira-se, entretanto, que o pacote de contingência financeira destinado ao PGII abrange investimentos em outras geografias, como o Corredor Económico de Luzon, nas Filipinas, o Corredor Médio, também conhecido como Rota de Transporte Internacional Transcaspiana (TITR), e um corredor que liga a Europa à Ásia, através do Médio Oriente (Corredor Económico Índia-Oriente Médio-Europa).