Os dados trazidos à tona pelo Instituto Nacional de Estatística relatam a evolução do Índice de Preços no Consumidor Nacional (IPCN) no período entre Dezembro de 2024 e Janeiro de 2025, tendo registado uma variação mensal de 1,67%, traduzindo-se numa desaceleração de 0,03 ponto percentual (p.p.) em relação ao mês de Dezembro.
Em uma análise comparativa entre os períodos de Janeiro de 2024 e Janeiro de 2025, observa-se uma desaceleração na inflação. Enquanto a taxa mensal de inflação em Janeiro de 2024 se situou em 2,49%, o mesmo mês em 2025 registou uma taxa de 1,67%, o que revela uma desacelaração 0,82 p.p. neste período, posicionando Janeiro de 2025 como o mês com menor intensidade inflacionista no contexto analisado.
Embora o mês de Janeiro ficasse marcado por uma desaceleração da inflação, a taxa de inflação anual, medida pela variação homóloga, teve um incremento de 4,49 p.p. em relação ao mesmo período do ano anterior, atingindo 26,48% em Janeiro do corrente ano, contra os 21,99% de Janeiro do ano passado.
O Banco Nacional de Angola (BNA) estabeleceu uma meta de inflação de 17,5% até ao final do ano, projectando uma redução da inflação homóloga já até Junho do corrente ano.
A classe “Alimentação e bebidas não alcoólicas” foi a que mais contribuiu para o aumento do nível geral de preços em Luanda com 1,05 ponto percentual (p.p.) durante o mês de Janeiro, seguida das classes “Bens e serviços diversos” com 0,14 ponto percentual, “Saúde” e “Vestuário e calçado” com 0,08 ponto percentual cada e “Hotéis, cafés e restaurantes” com 0,07 ponto percentual (p.p.). As restantes classes tiveram contribuições inferiores a 0,07 ponto percentual cada”, destaca a instituição responsável pelos dados estatísticos de Angola.
As províncias do Huambo (1,32 %), Malanje (1,40%) e Luanda (1,54%) apresentaram as menores variações nos preços durante o primeiro mês de 2025, destacando-se como as regiões com o comportamento mais moderado no IPCN. Em contrapartida, as províncias de Cabinda (2,66%), Namibe (2,54%) e Huíla (2%) registaram as maiores variações, configurando-se como as localidades com maior pressão inflacionista no referente período.