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Inflação em Angola desacelera pelo quinto mês consecutivo

José Praia

12 Junho, 2025 - 13:04

José Praia

12 Junho, 2025 - 13:04

O Instituto Nacional de Estatística (INE) acaba de divulgar, nesta quinta-feira (12), os dados sobre o Índice de Preços no Consumidor Nacional (IPCN), indicador estatístico e macroeconómico que mede a variação média dos preços de um conjunto de bens e serviços de cesta básica consumidos pelas famílias. No mês de Maio, este indicador voltou a desacelerar em Angola, numa trajectória de queda que se vem verificando desde Janeiro deste ano, acompanhando a previsão do BNA

Os dados indicam que o índice registou, no período compreendido entre Abril e Maio de 2025, uma variação mensal de 1,17%. No plano homólogo, ao comparar a variação entre Maio de 2024 e Maio de 2025, constata-se, igualmente, uma queda da inflação de 1,32 ponto percentual (p.p.), estando acima do nível observado no período homólogo anterior.

A variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor Nacional (IPCN) situou-se em 20,74%, representando uma redução de 9,42 p.p. face à taxa homóloga registada em Maio de 2024. Esta dinâmica de desaceleração do ritmo inflacionista ocorre num cenário que tem sido verificado desde o início deste ano.

Adicionalmente, quando se compara a actual variação homóloga com a observada no mês imediatamente anterior (Abril), observa-se um abrandamento em 1,58 p.p., o que reforça a tendência de desaceleração da inflação nacional.

A classe dos “bens e serviços diversos” foi a que registou o maior aumento de preços, com uma variação de 1,63%. Destacam-se, também, os aumentos dos preços verificados nas classes: “Saúde” com 1,41%;, “Mobiliário, equipamento doméstico e manutenção” com 1,31% e “Bebidas alcoólicas e tabaco” com 1,28%, lê-se no documento.

As províncias de Cunene (0,65%), Zaire (0,82%) e Luanda, com 0,93%, apresentaram as menores variações de preços durante o mês de Maio do corrente ano, destacando-se como as regiões com o menor nível de inflação, segundo o IPCN. Em contrapartida, as províncias de Cabinda (1,76%), Cuanza-Norte (1,69%) e Bié (1,54%) registaram as maiores variações, confirmando-se como as localidades com maior pressão inflacionista no referente período.

Importa realçar que, para o ano em curso, o BNA estabeleceu uma meta de inflação de 17,5% até ao final do ano, projectando uma redução da inflação homóloga já até Junho do corrente ano. Os dados actuais do INE mostram que a inflação homóloga de Maio está 3,24 p.p. acima da meta prevista pela Instituição responsável pela política monetária nacional.

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