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Inflação não dá sinais de abrandamento e dispara para 26,09%

15-04-2024 8:51

José Praia

Jornalista

15-04-2024 8:51

José Praia

Jornalista

Luanda, Huíla e Cabinda foram as províncias que contribuíram significativamente para o aumento da inflação, segundo dados divulgados hoje pelo INE. Controlo da inflação continua a "fugir da mão" do Banco Nacional de Angola (BNA), que em Janeiro perspectivou que a taxa da inflação deveria situar-se nos 19% em 2024

Angola registou, em Março deste ano, uma aceleração da inflação para 26,09%, representando um aumento de 15,28 pontos percentuais em relação ao período homologo do ano transacto, altura em que a inflação situou-se em 10,81%, de acordo com os dados publicados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

Embora a comparação homóloga anual tenha registado um aumento na inflação, em relação ao índice de preços mensal de Fevereiro e Março de 2024 houve uma desaceleração de 0,04 pontos percentuais.

A realidade que se verifica vai de encontro ao que prevê o Grupo Standard Bank. Na última sexta-feira (12), durante a primeira edição do Economic Briefing 2024, a entidade financeira prognosticou que a economia angolana deverá observar uma taxa de inflação na ordem dos 28% até o mês de Julho.

De acordo com a Folha de Informação Rápida (FIR) do INE, contribuíram significativamente para o aumento da inflação as províncias de Luanda (3,32%), Huíla (2,34%) e Cabinda (2,32%). A província do Moxico foi a circunscrição territorial que registou menos aumentos nos preços dos produtos, tendo contribuído apenas com 1,65%, seguido das províncias do Bengo com 1,80% e Lunda Norte com 1,83%.

Diferente dos estudos passados em que o sector da alimentação foi o responsável da subida em flecha dos preços, desta vez o estudo do INE aponta a Saúde, como o sector que registou o maior aumento de preços (3,11%), seguido por Alimentação e Bebidas não Alcoólicas que perfazem 3,08%, Vestuário e Calçado com 2,68%, sendo que os serviços de hotéis, cafés e restaurantes 2,53%.

Apesar deste avanço descontrolado, o INE acredita que, a partir de Julho do corrente ano, a inflação homóloga passe a registar um decréscimo.

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