Depois de um interregno de cinco meses marcado pela desaceleração nos preços dos materiais de construção, o mercado volta a demonstrar sinais de aquecimento. Os dados mais recentes do Instituto Nacional de Estatística (INE) revelam que o Índice de Preços dos Materiais de Construção (IPMC) voltou a acelerar no mês passado, uma tendência que não se verificava desde o mês de Dezembro de 2024.
Apesar de uma ligeira aceleração mensal de 0,34 ponto percentuai (p.p.) registada no Índice de Preços dos Materiais de Construção (IPMC), entre os meses de Maio e Junho do corrente ano, a análise em termos homólogos revela uma inflexão na trajectória dos preços, indicando um abrandamento mais da inflação no sector da construção.
Segundo o órgão responsável pela estatística nacional, a taxa de variação homóloga do IPMC fixou-se em 16,05%, traduzindo-se numa desaceleração de 8,28 p.p. face ao mesmo período do ano anterior, quebrando assim o ritmo de crescimento dos preços praticados nos mercados informais e formais que fornecem insumos destinados à edificação de habitações, infra-estruturas rodoviárias e obras não residenciais.
Os principais materiais que registaram maiores variações homólogas, blocos com 35,04%, vigas, vigotas e ripas com 28,31%, tijolo e outros produtos sintéticos com 22,73% cada, madeira e contraplacado com 21,09%, cimentos e aglomerantes com 20,55%.